terça-feira, 18 de junho de 2019

PELAS SUAS PISADURAS FOMOS SARADOS
"Verdadeiramente *Ele* tomou sobre Si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre Si; e nós O considerávamos como tendo sido golpeado, ferido de Deus, e oprimido" (Isaías 53.4 LTT)

● Como as Feridas de Jesus Curam Nossas Doenças?
Jesus curou nossas doenças na cruz? Quando você lê a belíssima canção de Isaías, sobre o servo do Senhor, a resposta parece categórica:
Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si… e pelas suas feridas fomos sarados.
Jesus curou nossas doenças na cruz? Sim. Nossa dor, nosso sofrimento, todas as nossas feridas foram curadas através da cruz.
Entretanto, há um “problema” óbvio com isso – nossas doenças não “foram” ou “são” curadas.
Colin, por exemplo, está reivindicando essa promessa para o câncer. “Pelas feridas de Jesus, estamos curados”, diz ele. “Portanto, Deus irá me curar do câncer; eu só preciso acreditar”. Eu admiro sua confiança. Ou é desespero? Não tenho certeza. Eu sei que eu tenho sido um pastor por muito tempo para compartilhar sua confiança. Vi muitas pessoas que estavam convencidas de que Deus prometeu curá-las apenas para que terminasse em amargo desapontamento. Lutar contra o câncer é muito difícil, um desafio mesclado em uma crise de fé.
Destarte, Jesus curou nossas doenças na cruz? Não. Cristãos e incrédulos continuam sendo acometidos por doenças.
Então, o que devemos fazer com a promessa de que “pelas suas feridas fomos curados”?

● Doença e Pecado
Uma opção é espiritualizá-las. Não devemos entender “feridas” literalmente, como algumas pessoas o fazem. A doença é uma imagem do problema real que o pecado é. Pouco antes de Isaías dizer que “pelas suas feridas fomos curados”, ele diz: “Mas ele foi traspassado por causa das nossas transgressões e esmagado por causa das nossas iniquidades” (Isaías 53:5). Esse é o verdadeiro problema. Somos todos pecadores, pessoas que quebraram a santa lei de Deus. Decerto, todos nós merecemos o justo julgamento de Deus. A cruz não é o câncer que corrói os nossos corpos, mas o câncer do pecado que infecta nossas almas.
Há algo nesse argumento. O pecado é o grande problema. Ou melhor, a santidade de Deus é o grande problema. O ministério de Isaías foi adequado por um encontro com o Deus santo. Quando Isaías foi confrontado com o santo Deus diante de quem os serafins escondem seus rostos, e para quem eles cantam: “Santo, santo, santo”, Isaías declara, “Ai de mim! Estou perdido!” Seis vezes em Isaías 5 o profeta declarou “ai” ‘contra pessoas pecadoras. Contudo, ele é forçado a declarar o sétimo “ai” contra si mesmo. A expressão “estou perdido” é, literalmente, “estou destruído, ou “estou me desintegrando”. É como se as próprias moléculas do corpo de Isaías estivessem se dissolvendo e ruindo no chão. O piedoso profeta de Deus, que proclamou as próprias palavras do Senhor, agora confessa: “Eu sou um homem de lábios impuros”. Mesmo os seus melhores atos são impuros quando comparados com a esmagadora santidade de Deus.
A maravilha da cruz é que Jesus purifica pessoas ímpias para que possam entrar na presença do Deus santo. Por isso Jesus foi massacrado em nosso lugar para que pudéssemos ser perdoados. A doença é projetada para nos apontar o pecado, e a cura é uma figura da salvação.
Todavia, a doença não é simplesmente uma imagem do pecado; também é o resultado do pecado. A doença humana não era uma parte inerente do mundo bom que Deus criou. Entrou no mundo como resultado da nossa rebelião contra Deus. Assim, temos boas razões para esperar que a remoção do pecado traga o fim da doença. Jesus curou nossas feridas ao lidar na raiz do problema – o pecado.
Os milagres de cura que Jesus realizou enquanto esteva na terra, com efeito, era um sinal da obra salvadora. Jesus diz a uma mulher com hemorragia: “Filha, a sua fé salvou você” (Lucas 8:48). No versículo 50, Cristo, literalmente, diz a Jairo, cuja filha acabara de morrer por uma doença: “Não tenha medo; apenas creia, e ela será salva”.
Lucas era um médico. E, presumivelmente, tinha um vocabulário rico de termos científicos para as doenças. Porém, ele fala deliberadamente dessas curas como atos de salvação. Ele quer que as vejamos como uma promessa da salvação que Jesus oferece. Quando Jesus voltar, ele fará todas as coisas novas, e “não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram” (Apocalipse 21:4).
Afinal, Jesus curou nossas doenças na cruz? Sim. Um dia, todo filho de Deus será curado de toda enfermidade. Mas não ainda. Enquanto isso, não depositamos nossa esperança em nossa capacidade de reivindicar um milagre. Não sabemos quais serão os propósitos de Deus para nossas doenças. No entanto, sabemos que, se confiarmos em Jesus, nossos pecados já estão perdoados, e nossa doença um dia será curada quando recebermos um novo e glorioso corpo de ressurreição. (Tim Chester)

Conclusão
● Jesus levou sobre si todas as nossas enfermidades, por isso, os crentes não devem ficar doentes?
‹‹Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido›› (Is 53.4 – ACF)
‹‹É muito comum ouvirmos alguns crentes afirmarem que o cristão que está doente não deve aceitar essa condição porque Jesus levou lá na cruz todas as nossas enfermidades e, por isso, o crente não deve ficar doente. O texto que é usualmente usado para essa afirmação é Isaías 53.4: ‹‹Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido›› (Is 53.4 – ACF). Segundo muitos esse texto seria o embasamento de que o crente que está doente está em pecado ou está com uma fé “pequena”, por isso, precisa exercer a sua fé com mais firmeza, pois essa doença foi levada por Cristo lá na cruz e não deveria acontecer na vida desse crente››.

● Tenho dificuldades de crer nesse conceito por alguns motivos que exponho abaixo:
1°) Qual seria o significado de “enfermidades” no texto de Isaías 53.4? No hebraico a palavra é “choliy”, que significa “doença”. Mas será que o texto está falando de doenças físicas?
Creio que a obra de Jesus pode sim repercutir positivamente em nosso físico, porém, o contexto parece nos indicar que os benefícios curativos da morte de Cristo tem um alvo muito mais espiritual que físico. O versículo cinco desse mesmo texto de Isaías diz: ‹‹Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados››. Note que as “doenças” citadas no contexto são as transgressões e iniquidades, que apontam para o ser humano afundado no pecado. Jesus foi traspassado e moído por causa dessas doenças (nossos pecados) e não de doenças físicas. Note ainda que essa obra curativa de Jesus sobre essas nossas doenças nos tornou “sarados”. A ênfase aqui não é em problemas de saúde do nosso físico, mas do nosso espírito. Jesus nos sarou das consequências de nossa pior doença (pecado). Jesus não morreu na cruz para que eu não tivesse mais uma dor de cabeça ou uma dor na coluna ou outra doença.
‹‹É claro que aquilo que está em nosso espírito pode repercutir no físico, mas isso não significa que a obra de Jesus foi para nos livrar de todas as doenças físicas e que nunca deveríamos ficar doentes fisicamente››
2°) Considerando que Jesus tenha levado nossas doenças físicas lá na cruz como alguns dizem, como podemos harmonizar esse pensamento com o fato de que milhares de crentes ficam doentes todos os dias (e até morrem em decorrência dessas doenças) no mundo inteiro? E ainda o fato de vários crentes terem ficado doentes na Bíblia Sagrada (Paulo, Timóteo, Lázaro, Trófimo, etc)? Nesse momento me lembro de um pedido de oração que vi no Facebook do grande evangelista Billy Grahan, reconhecido homem de Deus, e que está seriamente doente. Servos de Deus ficam doentes o tempo todo e nem por isso estão longe de Deus. Ora, seria a obra que Jesus fez na cruz fraca ou mal feita a ponto de não fazer efeito na vida de seus servos? Essa obra de Jesus estaria apoiada em nossas obras e não nos méritos Dele?
O texto de Isaías é enfático ao dizer que “pelas suas pisaduras fomos sarados.”. Não há margem alguma para pensarmos que algum crentes verdadeiros são sarados e outros não. Ou que crentes podem ficar sarados em alguns momentos e em outros não. Em meu entendimento o texto de Isaías só consegue estar harmonizado com a salvação pela fé, que não é por obras do ser humano, e que é operada totalmente e plenamente por Deus (Efésios 2.8). Só assim o “fomos sarados” se cumpre sem dúvida alguma e plenamente na vida do ser humano. A obra de Jesus citada por Isaías é a de remissão de nossos pecados, nossa maior doença.
3°) Assim concluo que o argumento de que Jesus levou todas as nossas doenças físicas lá na cruz e que não podemos ficar doentes, não tem embasamento no texto de Isaías. Devemos sim buscar a cura nos meios que Deus coloca diante de nós, na medicina, por exemplo, e, por que não também no agir sobrenatural de Deus quando necessário. Porém, não podemos afirmar que se um crente está doente isso signifique que a obra de Jesus não esteja sendo feita na vida dele. Muitos crentes verdadeiros, inclusive, morrerão vítimas de doenças e morrerão plenamente na presença de Jesus sem qualquer prejuízo da obra de Cristo na cruz. (André Sanchez)

Pense nisso!
"Acerca do qual três vezes orei ao Senhor para que se desviasse de mim. E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo. Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então sou forte." (2 Coríntios 12:8-10 - ACF) Apóstolo Paulo
Soli Deo Gloria!
Israel Reis

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