sábado, 1 de junho de 2019

10 RAZÕES BÍBLICAS PORQUE SOU TRINITARIANO 

“Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra, e o Espírito Santo; e estes três são um.” (1João 5:7-8)

1°) Porque a Bíblia, AT e NT, apresenta nosso Deus como sendo absoluto, único, sem sócios e nem rivais (Dt 6:4; Êx 20:3; Is 44:6; 1Co 8:4; Tg 2:19 etc). O monoteísmo judaico-cristão é sinal distintivo da religião verdadeira, em condenação veemente ao politeísmo, seja ele pagão ou mesmo cristão. Qualquer outra entidade que se autodenomine divina é falsa e demoníaca (1Co 8:1-6).

2°) Porque existe nas Escrituras hebraicas (AT) o conceito de unidade composta, encontrados nos vocábulos “echad” versus “yachid” , aplicados a Deus e outras coisas (Gn 41:25; Êx 24:3; 26:6,11; Nm 13:23; Dt 6:4 etc). O exemplo mais claro desse mistério lógico de unidade composta é o matrimônio, onde duas pessoas pelos votos do casamento, são unidas por Deus de forma a serem misteriosamente UMA SÓ CARNE (Gn 2:24). Curiosamente, esse é o melhor exemplo bíblico para lançar luz sobre a natureza triúna de Deus, principalmente por referir-se a seres humanos criados à imagem e semelhante do Deus Triúno.

3°) Porque ainda nas Escrituras hebraicas, esse Deus verdadeiro também fala em termos de pluralidade em seus atos exclusivamente divinos, pelos pronomes “façamos”, “desçamos”, “nós”, “nossa”, na criação (Gn 1:27; 3:22; 11:3) e o plano redentivo (Is 6:8; Zc 12:10; Jo 19:37). Isso fica mais interessante se considerarmos em conjunto os vocábulos “Elohim” forma plural de “Eloah” e “Adonai”, forma plural de “adon”. Apesar de grandes esforços dos eruditos judeus e sectários, em diminuir a importância desses termos, nada ficou provado que impeça a aplicação desses fenômenos linguísticos à luz da revelação trinitária do Novo Testamento. Vale muito a pena reproduzirmos aqui as palavras de um dos maiores rabinos de Israel, Simeon Ben Yohai, pronunciou a respeito da palavra Elohim, o seguinte: “Observai o mistério da palavra Eloim; encerra três graus, três partes; cada uma destas partes é distinta, e é uma por si mesma, e não obstante são inseparáveis uma da outra; estão unidas juntamente e formam um só todo ”

4°) Porque nas Escrituras gregas (NT), essa revelação ainda implícita no AT é agora ampliada nos mostrando claramente essa pluralidade de pessoas na divindade³. Se no Velho Testamento Jeová é apresentado como o Redentor e Salvador do Seu povo, Jó 19.25; Sl 19.14; 78.35; 106.21; Is 41.14; 43.3, 11, 14; 47.4; 49.7, 26; 60.16; Jr 14.3; 50.14; Os 13.3, no Novo Testamento e o Filho de Deus distingue-se nessa capacidade, Mt 1.21; Lc 1.76-79; 2.17; Jo 4,42; At 5.3; Gl 3.13; 4.5; Fl 3.30; Tt 2.13, 14. E se no Velho Testamento é Jeová que habita em Israel e nos corações dos que O temem, Sl 74.2; 135.21; Is 8.18; 57.15; Ez 43.7-9; Jl 3.17, 21; Zc 2.10, 11, no Novo testamento é o Espírito Santo que habita na igreja, At 2.4; Rm 8.9, 11; 1 Co 3.16; Gl 4.6; Ef 2.22; Tg 4.5 O Novo Testamento oferece clara revelação de Deus enviando Seu filho ao mundo, Jo 3.16; Gl 4.4; Hb 1.6; 1 Jo 4.9; e do pai e Filho enviando o Espírito, Jo 14.26; 15.26; 16.7; Gl 4.6. Vemos o pai dirigindo-se ao Filho, Mc 1.11; Lc 3.22, o Filho comunicando-se com o Pai, Mt 11.25, 26; 26.39; Jo 11.41; 12.27, 28, e o Espírito Santo orando a Deus nos corações dos crentes, Rm 8.26. Assim, as pessoas da Trindade, separadas, são expostas com clareza às nossas mentes. No batismo do Filho, o pai fala, ouvindo-se do céu a Sua voz, e o Espírito Santo desce na forma de pomba, Mt 3.16, 17. Na grande comissão Jesus menciona as três pessoas: “batizando-os em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo”, Mt 28.19. Na benção apostólica (2Co 13:14). Também são mencionadas juntamente em 1 Co 12. 4-6; 2 Co 13.13; e 1 Pe 1.2.

5°) Porque no Novo Testamento, Jesus é referido como “Filho” mais de 200 vezes e nunca é chamado de “Pai”. Por outro lado, Jesus e os Apóstolos referiram-se ao “Pai” mais de 200 vezes como alguém distinto de Jesus, ou do “Filho”, e nunca Ele é chamado de “Espírito Santo”. Também em mais de 50 versículos podemos observar o Pai e a Jesus, o Filho, lado a lado, as vezes incluindo o Espírito Santo, mas sempre como personagens diferentes e distintos. (Mt 3:16,17; 28:19; Jo 17; Rm 15:6; 2Jo 3; 2Co 13:14 compare com Nm 6:24-26).

6°) Porque não existe um único bom argumento do lado unicista, sem sacrificar o contexto textual imediato e amplo, sem atropelar as línguas originais e provocar uma distorção exegética das Escrituras. Todas as melhores passagens citadas pelos unicistas, ou são mal interpretadas ou são todas apenas base do monoteísmo bíblico, nunca serão provas contra a diversidade de pessoas nesse Deus verdadeiro e único. Eles confundem as pessoas, misturam personalidade com natureza, pensam na Trindade em termos de Tríade, formulam pegadinhas teológicas, fazem perguntas e afirmações infantis, coisas do tipo: “a palavra Trindade não está na Bíblia”; “O deus trino é um deus com 3 cabeças ou 1 cabeça com 3 corpos?”; “A Trindade foi criada pela Igreja católica”, enfim.

7°) Porque do lado trinitário, estão todos os maiores eruditos, os maiores teólogos da história antiga e moderna da igreja, tais como: Origenes, Tertuliano, Atanásio, Justino, Irineu, Agostinho, João Damasceno, Tomás de Aquino, Calvino, Lutero, Theodore Beza, Jaco Arminio, John Owen, Jonatas Edwards, John Wesley, Charles Finney, Louis Berkhof, Karl Barth, F. F. Bruce, C. S. Lewis, L. S. Chafer, J. I. Packer, Paul Tillich , Gleason L. Archer, Wayne Grudem, R. C. Sproul, R. L. Harris; Bruce M. Metzger, D. A. Carson; entre tantos outros não mencionados, aqui estão algumas das mentes mais ilustres da teologia, que embora divirjam em alguns detalhes, nunca confessaram como plausível o unitarismo, unicismo, modalismo, monarquianismo, etc, seja lá qualquer outra teoria teológica espúria e heterodoxa. Todos são teólogos trinitarianos!

8°) Os únicos a concordarem com os meus amigos unicistas e unitaristas são os heresiarcas do passado e os hereges do presente, homens que falharam ao tentar acomodar as verdades profundas e eternas das Escrituras ao limite da sabedoria humana, a saber: Noeto de Esmirna, Calisto, Sabélio, Práxeas, Apolinário, Ário, Pelágio, Michael Servetus, Emanuel Swedenborg, Joseph Smith, C. Taze Russell, Witness Lee , William S. Santiago, Miguel Ângelo etc. Sendo os primeiros todos condenados pelas suas heresias e desvios doutrinários nos principais concílios, e os últimos rejeitados por todas as principais escolas teológicas e principais denominações cristãs.

9°) Porque os unicistas não possuem nenhuma bibliografia de respeito. Normalmente falam em nome de sua própria autoridade, mesmo sendo pessoas com alfabetização rasteira, tanto linguística como teologicamente. Quer uma prova? Peça para um unicista um livro de referência de peso acadêmico. Peça para um unicista o nome do seu grande teólogo, erudito, exegeta. Peça para um unicista sua referência histórica, na tradição, nos documentos. Peça para um unicista onde seus mestres foram formados academicamente, qual a universidade.

10°) Porque à luz dessas evidências bíblicas, linguísticas, exegéticas, textuais, teológicas, lógicas, histórica; DEUS É UMA TRINDADE (Uma só essência divina, uma só natureza, indivisível, e três personalidade distintas, co-eternas, co-iguais, co-existentes) e nenhuma outra tentativa de explicá-la foi mais feliz. Por mais difícil que seja de entendê-la, seria um grave erro buscar acomodá-la dentro da nossa mente limitada, como acontece com a fórmula sabeliana modalista. É como um grande quebra-cabeça, uma única peça colocada errada, fica impossível, montá-lo corretamente.

● EVIDÊNCIAS CIRCUNSTANCIAIS PODEROSAS DA TRINDADE NO AT E NT

No encontro que Abraão teve, registrado no livro de Gênesis 18, o pai da fé, enquanto descasava debaixo do carvalho de Manre, e conforme o vers. 1, recebeu a visita de YAHWEH, mas o curioso que eram 3 personagens. Mesmo que a cena fosse misteriosa para o patriarca, que via ora anjos, ora homens, o fato é que ele sabia que estava na presença de Deus, o Senhor. Esse fenômeno, é conhecido nas Escrituras como teofania, ou cristofania, na figura do “Anjo do Senhor” como sendo o próprio YAHWEH (Gn 16:7-13; 32:24-32; Ex 3:2-6; Jz 6:11-22)

● Na visão que Isaías teve e registrou em seu livro, capítulo 6:1-0, ele diz que “…viu YAHWEH..”. Mas João 12:42 diz que Isaías viu a glória de Jesus. E Paulo em Atos 28:25 diz que o personagem da visão era o Espírito Santo. Agora some a esse cenário, o fato dos serafins (anjos) adorarem a YAHWEH ali apresentado, dizendo: “…Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos…”; e o fato de YAHWEH dizer no plural: “…A quem enviarei, e quem há de ir por nós?…”

E a conclusão obvia à luz das evidências, tanto textuais como circunstanciais, nos leva a entender que Isaías teve uma visão trinitária de Deus, na pessoa do Pai eterno, do Filho eterno e do Paracleto eterno.

●  No fato histórico do batismo de Jesus nas águas por João Batista, Mateus 3. No cenário que se desenrolou, a Pessoa do Filho encarnado está às margens do Jordão, o Espírito Santo sobre Jesus na forma aparente de pomba e o Pai que fala do céu. Apenas um Deus Triúno se manifestaria de forma tríplice como esta. Sem forçar a narrativa, sem rodeios teológicos, sem necessidade exegética, podemos ver clara e explicitamente 3 pessoas interagindo de forma graciosa e poderosa.

● Na grande comissão, Mateus 28:19, onde Jesus ordena que os convertidos sejam batizados em Nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo.
Um Deus monopessoal falando dessa forma, só complicou para seus discípulos unicistas, quando poderia ter dito: “…batizando-os em MEU NOME”, ou “…batizando-os no nome do Espírito Santo”, já que essa seria a próxima manifestação, ou ainda “..batizando-os em nome do Senhor”. Não, Ele fala em termos tripessoais ou trinitários.

● Na eternidade futura, assim como na eternidade passada, veremos o papel das 3 pessoas divinas interagindo em harmonia. No livro do Apocalipse de João, são muitas as referências trinitárias (1:6-10; 4:8; 22:16-18), das quais destaco:

“João, às sete igrejas que estão na Ásia: Graça e paz seja convosco da parte dAquele que é, e que era, e que há de vir (Pai), e da dos sete espíritos que estão diante do seu trono (Espírito Santo); E da parte de Jesus Cristo (Filho), que é a fiel testemunha, o primogênito dentre os mortos e o príncipe dos reis da terra. Àquele que nos amou, e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados,” (Ap 1:4,5). (Jamierson Oliveira)

Concluímos 

"A graça de o Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão de o Espírito Santo, sejam com todos vós. Amém" (2Co 13.13)

● Deus é amor, e o amor envolve três elementos: um amante, um amado e um espírito de amor. E os três são um.

Assim o Pai é a fonte do Amor, o Filho o depósito do Amor, e o Espírito Santo a comunhão do Amor; e para nós essa relação se torna a Origem do Amor, a dádiva do amor (Graça) e a comunhão do amor, exatamente como descreve a bênção apostólica (2Co 13.13).

A bênção Apostólica aponta para a Trindade. A Graça de Cristo nos revela o amor de Deus que, por sua vez, nos dá a filiação por meio do Espírito Santo que produz comunhão fraternal entre os filhos de Deus.
A benção Trinitariana lembrava aos Coríntios das bençãos que Eles haviam recebido A GRAÇA do Senhor Jesus Cristo cf. (2Co 8.9), O AMOR de Deus, o Pai (2Co 13.11) e a COMUNHÃO com Deus é com Eles mesmos por meio do Espírito Santo. A morte de Cristo sacrifical e a expressão máxima do amor de Deus.

● O apóstolo Paulo ora para que os Coríntios tenham continuamente a experiência:

a) da Graça de Cristo, e de sua presença, poder, misericórdia e consolo;

b) do Amor paternal de Deus, com todas as suas bênçãos;

c) da comunhão cada vez mais profunda com o Espírito Santo. 

Pense nisso!

Sendo essa Tríplice realidade uma benção sempre presente em nossa vida, nossa salvação está garantida.

"(eleitos) como resultado do pré-conhecimento de Deus (o Pai), através da santificação de o Espírito (Santo), EM CONSEQUÊNCIA Da obediência  e aspersão do sangue de Jesus Cristo: Graça e paz vos sejam multiplicadas!" (1Pe 1.2 LTT)

Soli Deo Gloria!
Israel Reis

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