sexta-feira, 31 de maio de 2019

O PODER CURADOR DO PERDÃO!

“E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores” (Mt 6.12 - ACF)
‹‹Não perdoar, é como tomar veneno e esperar que o próximo morra››
‹‹Nisto são manifestos os filhos de Deus, e os filhos do diabo. Qualquer que não pratica a justiça, e não ama a seu irmão, não é de Deus. Porque esta é a mensagem que ouvistes desde o princípio: que nos amemos uns aos outros›› (1Jo 3.10-11)
Por Israel Reis
Introdução
(Gn 37-50)

Nenhuma outra história no V.T. nos ensina mais sobre O poder curador do perdão do que a de José, filho de Jacó com Raquel.
● Em José, vemos a trajetória de um homem que tinha tudo para se deixar destruir por um sentimento de amargura, mas ele fez a melhor escolha...
● Em Gn 37.4 - Ele era odiado pelos seus irmãos por ser o filho preferido do pai.
● Em Gn 37.24 - Movidos pelo ódio e pela inveja, os irmãos o lançaram em uma cisterna com a intenção de matá-lo.
● Em Gn 37. 28 - Eles desistem de matá-lo e resolvem vendê-lo como escravo para uma caravana de israelitas.
● Em Gn 39.1 - Potifiar compra José dos Ismaelitas.
● Em Gn 39.6 - Ele é promovido à Gerente, Supervisor na casa de Potifar.
● Em Gn 39.7-20 - José é tentado, foge do pecado, mas é caluniado pela mulher de Potifar indo parar no cárcere pagando por uma coisa que não fez.
● Em Gn 40.9-23 - Ele interpreta o sonho do padeiro e do copeiro do rei e diz, lembra-te de mim quando voltares a ser o copeiro do rei, me ajude a sair daqui (v.14) mas o copeiro se esqueceu dele (v.23).
● No cap 41 - José é chamado para interpretar o sonho de Faraó e ao dar a interpretação e aconselhar o rei ele é escolhido e promovida a Governador do Egito.
● Do cap 42 ao 50 - José tem seus irmãos na mão para se vingar, dar o troco, acertar as contas, mas ele prefere Perdoar, pagar o mal com bem, agir com graça...
● Quando Jacó morreu, os irmãos de José pensaram, agora ele vai se vingar e será o nosso fim. O que José respondeu, vocês estão perdoados (v. 19-21).
“E José lhes disse: Não temais; porventura estou eu em lugar de Deus? Vós bem intentastes mal contra mim; porém Deus o intentou para bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida. Agora, pois, não temais; eu vos sustentarei a vós e a vossos filhos. Assim os consolou, e falou segundo o coração deles” (Gn 50.19-21 - ACF)
● Por que José preferiu perdoar o pai, os irmãos, a esposa de Potifar que o caluniou, o amigo de prisão que o esqueceu? Quando paramos para refletir sobre o perdão, algumas perguntas devem provocar uma reflexão mais abrangente sobre este assunto: PORVENTURA ESTOU EU NO LUGAR DE DEUS!
● O que é perdão?
• Há possibilidade de conviver sem perdoar? 
• Qual o limite do perdão? Até onde eu devo perdoar?
• Será que perdoar é esquecer o que aconteceu? 
• Será que perdoar é fazer de conta que não houve nada?
• O perdão é uma emoção ou uma decisão?
• O que aconteceria se José não perdoasse?

● A resposta para estas perguntas pode ser a resposta que você está precisando:
• Philip Yancey em seu livro "Maravilhosa Graça" diz: “O perdão é a única alternativa que pode deter o ciclo do ódio, da culpa e da dor”.
● José tinha mente larga, pele grossa e coração mole. Se ele fosse híper sensível, sua história seria marcada pela insignificância. 
Ele não teria chegado onde chegou.

● O que é perdão? Como definir perdão? Definições sobre o que é perdoar?
1°) Perdoar é reconhecer que só Deus tem o direito de julgar. (Rm 12.19) José disse aos seus irmãos: "Porventura eu estou no lugar de Deus?". 
“E José lhes disse: Não temais; porventura estou eu em lugar de Deus?” (Gn 50.19 - ACF)

2°) Perdoar é desativar o mecanismo de violência que existe dentro e fora de nós.
3°) Perdoar é reconhecer as próprias imperfeições falhas e pecados (Jo 8.7).
“E, como insistissem, perguntando-lhe, indireitou-se, e disse-lhes: Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela” (Jo 8.7 - ACF).
Por que os fariseus desistiram de apedrejar a mulher que foi pega em pleno ato de adultério?
4°) Perdoar é ser grato à Deus pelo perdão recebido.
5°) Perdoar é repetir com o próximo o gesto de Deus para conosco.
6°) Perdoar é oferecer amor quando não há motivo para amar. (O pai do filho pródigo.)
7°). Perdoar é manter abertos os canais por onde fluem a confiança e o amor incondicional.
8°) Perdoar é uma reação positiva para com a ofensa, ao invés de uma reação negativa contra o ofensor.
9°) Perdoar é tomar a decisão de não levantar mais a ofensa perante três pessoas: 
1°. Deus, 
2°. os outros (inclusive o ofensor) 
3°. a si próprio.

10°) Perdoar é semear misericórdia, graça e amor. A Bíblia diz:
“Porque o juízo será sem misericórdia sobre aquele que não fez misericórdia; e a misericórdia triunfa do juízo” (Tg 2.13 - ACF)

11°) Perdoar é ter as emoções conquistadas. É ser capaz de amar o inimigo e perdoar os que nos perseguem (Mt 5.44).
12°)Perdoar é deixar livre, soltar, libertar, despedir, mandar embora, atribuir favor incondicional àquele que nos feriu (Mt 18.27).
13°) Perdoar é rasgar a conta. Em Gn 50.21 José disse aos seus irmãos, a conta foi rasgada, vocês não me devem nada.
14°) Perdoar é jogar o lixo emocional fora.
● O perdão é a virtude central do cristianismo
● O perdão é a possibilidade da convivência
● Por que não perdoar é perigoso? José sabia disso.
1°) A falta de perdão gera amargura e amargura prolongada causa efeitos físicos como: úlceras, pressão alta, descargas de adrenalina (por causa da associação com a ira).
2°) A falta de perdão dá ao diabo uma reivindicação legal para deprimir a pessoa, e a depressão pode levar a morte, ao suicídio.
O apostolo Paulo diz em 2Co 2.10, "Eu perdôo para não ser vencido por satanás". Depressão, opressão.
● “E a quem perdoardes alguma coisa, também eu; porque, o que eu também perdoei, se é que tenho perdoado, por amor de vós o fiz na presença de Cristo; para que não sejamos vencidos por Satanás” (2Co 2.10 - ACF)
3°) Quem não perdoa desenvolve um câncer na alma (raiz de amargura Ef 4). O irmão do Filho Pródigo nunca entendeu o que é perdão.
4°) Não perdoar prejudica o nosso relacionamento com Deus. Quem não perdoa anda nas trevas e Deus é luz (1 Jo 2.9).
5°. Quem não perdoa se coloca debaixo da ira de Deus (Mt 18.34).
6°) Quem não perdoa está impedido de ser perdoado por Deus (Mt 18.32-35).
7°) Quem não perdoa alimenta espíritos malignos com suas mágoas, amarguras e ressentimentos (Ef 4.31,32).
8°) Quem não perdoa destrói a ponte que um dia vai precisar para passar para o outro lado, disse o poeta inglês George Hebert.
Pense nisso!
O FILHO PRÓDIGO
Na parábola do filho pródigo nem sempre somos o filho que saiu de casa, as vezes somos o filho que ficou em casa. Nos orgulhamos de seguir todos os mandamentos do Pai, nos achamos mais merecedores porque não desperdiçamos o que o Pai nos entrega, e achamos que só nós somos filhos. Mas pecamos por dois cruciais motivos.
Primeiro: Desconhecemos o caráter do Pai de tal forma, que somos surpreendidos pela sua capacidade de perdoar pecados, e segundo: Nos negamos a chamar de irmão, aqueles que o Pai chama de filhos.
“A ninguém torneis mal por mal; procurai as coisas honestas, perante todos os homens. Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens. Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira, porque está escrito: Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor. Portanto, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas de fogo sobre a sua cabeça. Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem” (Rm 12.17-21 - ACF)
Soli Deo Gloria!
Israel Reis.
O PERDÃO

"Ao Senhor, nosso Deus, pertencem a misericórdia, e o perdão; embora tenhamos nos rebelado contra Ele" (Daniel 9.9)
O perdão jamais é merecido; é um ato de misericórdia. O perdão é conceder graça a quem merece juízo. Perdoar é apagar a dívida de quem não pode quitá-la. Perdoar é não atribuir mais culpa a quem é culpado. Perdoar é não cobrar mais a dívida de quem é devedor. Perdoar é lembrar sem sentir dor. O perdão é terapêutico para quem concede e para quem recebe. O perdão é a assepsia da alma, a cura das emoções, a saúde do corpo!
● "Jesus, o Filho de Deus foi preso no Getsêmani. Seus discípulos o abandonaram. Foi humilhado e escarnecido. Suas vestes foram rasgadas e seu corpo foi dilacerado com golpes cruéis que rasgaram sua carne. Os soldados cravaram-lhe na cabeça uma coroa de espinhos e ele foi sentenciado à morte, carregou, sob os gritos de uma multidão sedenta de sangue, uma pesada cruz pela cidade de Jerusalém. No topo do Calvário, suas mãos e pés foram pregados naquele leito vertical da morte. Foi suspenso entre a terra e o céu, sofrendo dores terríveis. Os que viam sua dor, ainda zombavam dele. É nesse clima de horror que Jesus orou ao Pai: “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem”. Jesus perdoa aqueles que são cruéis. Ele perdoa exatamente no momento em que está sendo alvo da crueldade mais implacável. Você também pode perdoar. Jesus é o seu exemplo e dele vem o poder para você perdoar. O perdão liberta. O perdão cura. O perdão restaura. O perdão precisa ser imediato, incondicional e de todo o coração". (Hernandes Dias Lopes)
● O perdão é sobretudo a cura de nossas feridas, fazer nosso eu interior se sentir bem.
Só podemos perdoar de forma sincera através da ajuda indispensável de Deus. O negócio é não tentar praticar o perdão da “boca pra fora”, porque não tem nenhuma validade, afinal, Deus só se interessa pelo nosso coração. Se o amor perdoador de Cristo foi sacrificial – ele se deu por nós, da mesma forma o nosso amor deve se expressar dando-nos, em amor, por aquele que nos ofendeu.
"Um dos segredos de uma vida longa e frutífera é perdoar tudo a todos, todas as noites, antes de ir para a cama." (Ann Landres)
Quando perdoamos, nós nos aproximamos de Deus e isso nos traz paz, saúde física, mental e espiritual. Por isso, se você foi ferido ou magoado por alguém e ainda não perdoou, tome coragem e procure essa pessoa o quanto antes (se for preciso). Deus se agradará de você e te trará para mais perto Dele!
● Do cap 42 ao 50 de Genêsis - José tem seus irmãos na mão para se vingar, dar o troco, acertar as contas, mas ele prefere Perdoar, pagar o mal com bem, agir com graça...
● Quando Jacó morreu, os irmãos de José pensaram, agora ele vai se vingar e será o nosso fim. O que José respondeu, vocês estão perdoados (Gn 50.19-21).
"José reafirma perdão e bondade a seus irmãos. Então, tendo os irmãos de José visto que seu pai já estava morto, disseram: Porventura nos odiará José e certamente nos retribuirá todo o mal que lhe fizemos. 
Portanto, mandaram dizer a José: Teu pai ordenou, antes da sua morte, dizendo: Assim direis a José: Perdoa, rogo-te, a transgressão de teus irmãos, e o pecado deles, porque te fizeram mal; agora, pois, rogamos-te que perdoes a transgressão dos servos do Deus de teu pai. E José chorou quando eles lhe falavam. Depois vieram também seus irmãos, e prostraram-se diante do seu rosto, e disseram: Eis-nos aqui por teus servos. E José lhes disse: Não temais; PORVENTURA ESTOU EU EM LUGAR DE DEUS? (Gn 50.15-19 LTT)

“E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores” (Mt 6.12 - ACF)
‹‹Não perdoar, é como tomar veneno e esperar que o próximo morra››
Pense nisso!
Perdoar é uma necessidade imperativa. Quem não perdoa não pode orar a Deus nem ofertar a ele. Quem não perdoa não pode ser perdoado por Deus nem desfrutar de paz interior. Quem não perdoa vive flagelado pelo chicote da culpa. O perdão não é opção; é necessidade. O perdão não é fácil, mas é vital se se quer ter saúde emocional e vigor espiritual. O perdão é maior do que a mágoa e liberta dela. O perdão traz cura enquanto a mágoa adoece. O perdão faz uma faxina na mente enquanto a mágoa polui a mente. O perdão restaura a alma enquanto a mágoa afunda a alma no atoleiro do ódio. O perdão é obra da graça e não fruto de uma personalidade dócil. O perdão é obra de Deus em nós que traz benefícios para nós e para as pessoas ao nosso redor.
● Philip Yancey em seu livro "Maravilhosa Graça" diz: “O perdão é a única alternativa que pode deter o ciclo do ódio, da culpa e da dor”.
Perdoar é reconhecer que só Deus tem o direito de julgar. (Rm 12.19) José disse aos seus irmãos: "Porventura eu estou no lugar de Deus?". 
“E José lhes disse: Não temais; porventura estou eu em lugar de Deus?” (Gn 50.19 - ACF)

"Então, havendo vindo a Ele, Pedro disse: "Ó Senhor, até quantas vezes pecará contra mim o meu irmão e eu lhe perdoarei? Até sete vezes?" Diz-lhe Jesus: Não te digo que 'até sete vezes' mas 'até setenta vezes sete vezes' " (Mateus 18.21-22)
Soli Deo Gloria!
Israel Reis

sábado, 18 de maio de 2019

O EMANUEL 

Israel Reis 

"Eis que a virgem terá filho no seu ventre, e dará à luz um filho, e chamarão o nome dEle de EMANUEL que é, sendo traduzido: Deus conosco" (Mateus 1.23 LTT)   

● José, que foi quem recebeu a orientação do anjo, entendeu claramente que Emanuel não seria usado como nome próprio de Jesus. Fica claro que a orientação do anjo quanto ao nome próprio é que seria Jesus. O nome Emanuel, que em hebraico significa “Deus conosco” está ligado a missão de Jesus, a Sua pessoa e obra. Jesus (que é Deus) seria Deus em nosso meio, nasceria para realizar um feito incrível! Essa é a indicação do significado da citação de que Ele seria chamado de Emanuel. Uma caracterização aplicado ao Messias, nascido da virgem, (Mt 1.23, Is 7.14), porque Jesus era Deus unido com o homem, demonstrando que Deus estabeleceu habitação entre nós. "Emanuel", significando "o Deus que está (corporalmente) conosco.

Introdução 

Jesus seria chamado de Emanuel DEUS CONOSCO ou DEUS ESTÁ CONOSCO, como fora predito pelo profeta Isaías (Is 7.14).  Jesus era Deus em carne; deste modo, Deus estava literalmente entre nós, CONOSCO. Pelo Espírito Santo, Cristo está presente hoje, na vida de cada CRISTÃO. Talvez nem mesmo o próprio profeta Isaías tenha compreendido, completamente, a dimensão do significado do termo EMANUEL. 

● A encarnação do Verbo de Deus é o maior mistério da história. Deus se fez homem. O Eterno entrou no tempo. Aquele que nem o céu dos céus podia contê-lo foi enfaixado em panos e deitado numa manjedoura. O Rei dos reis se fez servo. E tudo isso, por amor a nós. Ele desceu das alturas para nos elevar às alturas. Ele se fez filho do Homem para nos fazer filhos de Deus.

1. O nome Emanuel aparece 3 vezes no texto bíblico.

2. Foi primeiramente usado pelo profeta Isaías para designar o futuro Messias de Israel (Is 7.14 e 8.8).

3. Aparece uma vez no Novo Testamento, em Mt 1.23.

4. Trata-se de uma (caracterização), realmente maravilhoso e exuberante.

5. Ele alude à Encarnação do Filho de Deus, um dos grandes mistérios da Bíblia.

6. O Deus Filho veio a este mundo e nasceu como qualquer criança.

7. O Todo-poderoso assumiu a fragilidade da natureza humana para resgatar os homens de seus pecados.

8. Emanuel significa Deus conosco, oferecendo-nos perdão.

9. Emanuel significa Deus conosco, oferecendo-nos paz.

10. Emanuel significa Deus conosco, oferecendo-nos alegria.

11. Emanuel significa Deus conosco, oferecendo-nos graça suficiente.

12. Emanuel significa Deus conosco, oferecendo-nos provisão diária e permanente.

13. Emanuel significa que Deus entende nossas fraquezas, pois Ele passou por este muito e sentiu fome, sede, cansaço e agonia.

14. Emanuel significa que Deus se importa conosco. 

15. Emanuel significa que Deus jamais nos abandonará.

● É  de toda importância o nascimento virginal de Jesus. Para que o nosso Redentor pudesse expiar os nossos pecados e assim nos salvar. Ele teria que ser numa só pessoa, tanto Deus como homem impecável cf. (Hb 7.25-26). 

● O nascimento virginal de Jesus satisfaz essas duas exigências:

1°) A única maneira de ELE nascer como homem era nascer de uma mulher. E só o filho do homem pode aspergir sangue, Porque DEUS É ESPÍRITO cf. (Jo 4.24; 1Tm 6.15,16). E sem derramamento de sangue NÃO HÁ REMISSÃO DE PECADOS cf. (Hb 9.22).

Hb 9:22 "SEM DERRAMAMENTO DE SANGUE NÃO HÁ REMISSÃO (do pecado)": cada pecado tem que ter sua expiação, nenhuma expiação é possível sem derramamento do sangue.

2°) A única maneira de Ele ser um homem Impecável era ser concebido pelo Espírito Santo (Jo 1.20; Hb 4.15).

3°) A única maneira de Ele ser deidade, era ter Deus como seu pai. A concepção de Jesus, portanto, não foi por meios naturais, mas sobrenaturais, daí, o Santo: 

"E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus" (Lucas 1.35).

Por isso, Jesus Cristo nos é revelado como uma só pessoa Divina, com duas naturezas: DIVINA E HUMANA, MAS IMPECÁVEL. 

4°)  Por ter vivido como ser humano, Jesus se compadece das fraquezas do ser humano cf. (Hb 4.15-16). Como o Divino filho de Deus, Ele tem poder para libertar o ser humano da escravidão do pecado e do poder de Satanás cf. (At 26.18; Cl 2.15; Hb 2.14, Hb  4.14-15, Hb 7.25). Como ser Divino e também homem Impecável, Ele preenche os requisitos como sacrifício pelos pecados de cada um, e também como Sumo Sacerdote, para interceder por todos o que por Ele aproximam-se de Deus cf. (Hb 2.9-18; Hb 5.1-9; Hb 7.24-28; Hb 10.4-12).

Conclusão 

Jesus é totalmente Deus e totalmente homem, e o fato de sua encarnação é de extrema importância. Ele viveu uma vida humana, mas não possuía uma natureza pecaminosa como nós. Ele foi tentado, mas nunca pecou (Hebreus 2:14-18; 4:15). O pecado entrou no mundo através de Adão, e a natureza pecaminosa de Adão foi transferida para cada bebê nascido no mundo (Romanos 5:12) exceto para Jesus. Porque Jesus não teve um pai humano, Ele não herdou uma natureza pecaminosa. Ele possuía a natureza divina do Pai Celestial.

Jesus teve que atender a todas as exigências de um Deus santo antes que pudesse ser um sacrifício aceitável para o nosso pecado (João 8:29; Hebreus 9:14). Ele teve que cumprir mais de trezentas profecias sobre o Messias que Deus, através dos profetas, havia predito (Mateus 4: 13-14; Lucas 22:37; Isaías 53; Miqueias 5:2). 

Desde a queda do homem (Gênesis 3:21-23), a única maneira de sermos justificados diante de Deus é o sangue de um sacrifício inocente (Levítico 9: 2; Números 28:19; Deuteronômio 15:21; Hebreus 9:22). Jesus foi o último e perfeito sacrifício que satisfez de uma vez por todas a ira de Deus contra o pecado (Hebreus 10:14). Sua natureza divina tornou-o apto para o trabalho de Redentor; o seu corpo humano forneceu o sangue necessário para redimir. Nenhum ser humano com uma natureza pecaminosa poderia pagar tal dívida. Ninguém mais poderia satisfazer os requisitos para se tornar o sacrifício pelos pecados de todo o mundo (Mateus 26:28; 1 João 2:2). Se Jesus fosse meramente um homem bom como alguns afirmam, então Ele tinha uma natureza pecaminosa e não era perfeito. Nesse caso, a sua morte e ressurreição não teriam poder para salvar ninguém.

Porque Jesus era Deus na carne, só Ele poderia pagar a dívida que devemos a Deus. A sua vitória sobre a morte e a sepultura conquistou a vitória para todos que põem sua confiança nele (João 1:12; 1 Coríntios 15: 3-4,17). 

● Aquele menino que foi envolto em panos e deitado na manjedoura é o Rei da glória; aquele que cresceu em sabedoria, estatura e graça diante de Deus e dos homens é o que mediu as águas dos mares na concha da sua mão. Aquele que trabalhou com as mãos calejadas na carpintaria de Nazaré é o mesmo que mediu o céus a palmos e espalhou as estrelas no firmamento. Jesus é a última palavra de Deus aos homens. Ele é o Filho de Deus, o herdeiro de Deus, o criador do universo. Ele é a síntese de todo o fulgor de Deus, a exegese de Deus, o único que pode purificar-nos de todo o pecado. Ele está entronizado acima dos querubins e recebeu o nome que está acima de todo nome!  (Hernandes Dias Lopes)

Solus Christus!
Israel Reis

quinta-feira, 16 de maio de 2019

       O natural e o sobrenatural na caverna de Elias



Wilma Rejane

E ali Elias entrou numa caverna e passou a noite; e eis que a palavra do Senhor veio a ele, e lhe disse: Que fazes aqui Elias?E ele disse: Tenho sido muito zeloso pelo Senhor Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram a tua aliança, derrubaram os teus altares, e mataram os teus profetas à espada, e só eu fiquei, e buscam a minha vida para ma tirarem.

E Deus lhe disse: Sai para fora, e põe-te neste monte perante o Senhor. E eis que passava o Senhor, como também um grande e forte vento que fendia os montes e quebrava as penhas diante do Senhor; porém o Senhor não estava no vento; e depois do vento um terremoto; também o Senhor não estava no terremoto;

E depois do terremoto um fogo; porém também o Senhor não estava no fogo; e depois do fogo uma voz mansa e delicada.E sucedeu que, ouvindo-a Elias, envolveu o seu rosto na sua capa, e saiu para fora, e pôs-se à entrada da caverna; e eis que veio a ele uma voz, que dizia: Que fazes aqui, Elias?

1 Reis 19:9-13

Wilma Rejane

Elias na caverna do Monte Horebe tem sido uma mensagem poderosa para meu ser. Por dias e dias tenho refletido sobre isso e buscado conhecer de que forma aquele profeta foi impactado pela voz de Deus naquele lugar. Primeiramente, o fato de um homem de Deus, notadamente cheio de sabedoria e unção, estar escondido, solitário, já causa estranhamento. A  Caverna em Horebe era um  lugar sem horizonte, que se afunilava, sem saída para outras regiões. O lugar de entrada era o mesmo da saída, portanto, o olhar de Elias para fora, conduzia-o às mesmas lembranças que motivaram sua estadia na caverna: ameaças, perseguição. As boas lembranças sobre o cuidado, proteção e poder de Deus, eram como uma fumaça se esvaindo por meio do medo que naquele instante era forte como redemoinho.   

Antes de comentar detalhadamente sobre Elias na caverna no Horebe, se faz necessário relembrar um pouco de sua trajetória anterior ao momento de reclusão. Elias foi um profeta do reino do norte de Israel durante meados do século nono A.C. A menção inicial à sua pessoa se encontra em I Reis 17 quando ele prediz  uma grande seca no período de reinado de Acabe e sua esposa Jezabel. A Palavra diz que Acabe e Jezabel serviam ao ídolo Baal ( I Reis 16: 31,32). Baal era o principal ídolo dos cananeus e fenícios e simbolizava as forças produtivas da natureza; chuva, vento, ar, fogo, terra. No Egito, Baal ficou conhecido como deus da tempestade. Portanto, os adoradores de Baal acreditavam que ele estava no comando de toda a natureza e que a cada sete a face da terra era renovada por seu poder..

O profeta Elias, conhecedor da idolatria instalada em Israel, multiplicada no reinado de Acabe, torna-se porta voz de Deus para a nação, especialmente contra o culto a Baal. Como parte de sua mensagem, Elias enfatizava a seca, a fome, um grande período de escassez advindo do próprio Deus que rejeitava o culto a Baal. Deus, dessa forma, estava a dizer que Baal nada podia, não possuía qualquer domínio sobre a natureza. A nação deveria reconhecer a soberania de Deus e Seu domínio absoluto sobre a natureza. Como consequência por confrontar Baal, Elias é perseguido, jurado de morte. Ele era visto como alguém que desagradava Baal, provocava sua intemperança. Elias então marca um confronto direto com os 450 profetas de Baal no monte Carmelo. Lá Deus faz descer fogo do céu consumindo o holocausto ofertado por Elias e também os falsos profetas. 

A obstinação de Acabe e Jezabel não cessa com a irrefutável ação de Deus no monte Horebe. Eles continuam perseguindo e ameaçando Elias que é consolado por anjos de Deus quando se encontra deprimido e cansado em baixo de um pé de Zimbro. Ouvir Deus, ter conhecimento de Seu amor e cuidado em momento tão difícil da vida faz com que Elias caminhe por cerca de quarenta dias. O homem de Deus parecia estar motivado. Até que novamente Elias reaparece acuado na caverna, escondido, em busca de paz. Não sabemos o que aconteceu entre a experiência com Deus em baixo do pé de Zimbro e os quarenta dias de caminhada de Elias. Desconfio que na solidão da caminhada e nos murmurinhos dos encontros com as pessoas pelas estradas, Elias foi ouvindo ameaças interiores, vozes humanas cheias de pessimismo até resolver se esconder na caverna.

Na caverna era Elias com suas lembranças. Ali tem sua primeira noite de solidão. Até que Deus aparece para Elias em sonho e visões. Sim, Elias não estava acordado quando " o vento forte fendia os montes, quebrava as penhas", quando o terremoto e o fogo assombravam o lado de fora da caverna". Percebam que para todos estes eventos é dito que " O Senhor não estava", Ele não era presença física, não era manifestação tangível. Outro detalhe a observar é que para o vento forte, o terremoto e o fogo, Elias permaneceu no interior da caverna.  Deus chama-o para fora, mas Elias ainda não sai. O que se compreende em uma análise acurada dos versículos é que em visão Deus enfatiza a necessidade de Elias sair da caverna, pois Ele está no controle da vida, da natureza. é o mesmo deus que venceu os falsos profetas de Baal. " Elias, você esqueceu que sou Eu que dou ordem à natureza e tudo se move? ".

Outro aspecto a destacar é o de que todos os eventos naturais que aparecem na visão de Elias; vento forte, terremoto e fogo, estão presentes no livro de I Reis como advertência ao culto idolatra e iniquidades. Os eventos naturais eram a manifestação sobrenatural de Deus falando àquela nação, despertando-os à crença no Deus único e verdadeiro, vejamos: em I Reis 13;5, temos um terremoto fendendo um altar em Bétel " E o altar se fendeu, e a cinza se derramou do altar, segundo o sinal que o homem de Deus apontara por ordem do Senhor,1 Reis 13:5" O fogo está em I Reis 18:38 e II Reis 1:12. O vento está em I Reis 18:45.

Todo o ministério de Elias foi permeado de manifestação sobrenatural de Deus através de elementos da natureza. E quando Deus aparece para Elias naquela caverna, mais uma vez é movendo céu e terra, movimentando de uma forma maravilhosa a natureza. Que grande poder e amor de Deus! As más lembranças de Elias precisavam ser dizimadas para dar lugar às boas lembranças. Elias  precisava trazer à memória o Deus da esperança, como bem falou Jeremias ( Lamentações 3:21). E finalmente, ao acordar, Elias, enfim ouve Deus através de uma brisa, um vento suave e delicado passando do lado de fora da caverna. Finalmente, Elias saí da caverna e vai de encontro ao Deus que o formou profeta.

É interessante ir mais à fundo sobre a voz de Deus naquele lugar,  o texto hebraico diz que houve o qôl demama daqqâ, em hebraico, isso significa, literalmente, o som de um silêncio fino ou absoluto, como  experimentamos depois da tempestade. De fato, qôl demama daqqâ é usado exatamente dessa maneira no Salmo 107.29 " Faz cessar as tormentas e acalmarem-se as ondas"  que se traduz literalmente como " Deus está no som do silêncio absoluto". Ouvir Deus no silêncio?. E ao ouvir Deus no silêncio absoluto, Elias saí da caverna, com o rosto coberto, como se a Presença de Deus resplandecesse naquele silêncio, tal qual aconteceu com Moisés no Monte Sinai:

Quando desceu Moisés do monte Sinai, tendo nas mãos as duas tábuas do Testemunho, sim, quando desceu do monte, não sabia Moisés que a pele do seu rosto resplandecia, depois de haver Deus falado com ele. Olhando Arão e todos os filhos de Israel para Moisés, eis que resplandecia a pele do seu rosto; e temeram chegar-se a ele. Então, Moisés os chamou; Arão e todos os príncipes da congregação tornaram a ele, e Moisés lhes falou. Depois, vieram também todos os filhos de Israel, aos quais ordenou ele tudo o que o Senhor lhe falara no monte Sinai. Tendo Moisés acabado de falar com eles, pôs um véu sobre o rosto. Porém, vindo Moisés perante o Senhor para falar-lhe, removia o véu até sair; e, saindo, dizia aos filhos de Israel tudo o que lhe tinha sido ordenado. Assim, pois, viam os filhos de Israel o rosto de Moisés, viam que a pele do seu rosto resplandecia; porém Moisés cobria de novo o rosto com o véu até entrar a falar com ele. (Êxodo 34.29-35)

O rosto de Moisés resplandecia pela glória de Deus de modo que precisou colocar um véu. Aquele silêncio na caverna que estava Elias, era um silêncio incomum, nele a voz e a Presença de Deus eram audíveis. E eis que Elias foi atraído, transformado absolutamente em fé e ânimo! Elias teve forças suficiente para prosseguir em seu oficio de profeta. Elias, depois do desânimo, ainda viveu muitos dias de glória até ser arrebatado ao céu (II Reis 2:11). As más lembranças foram apagadas completamente dando lugar a uma única lembrança: a de que Deus era vivo e real e estava com Ele por todos os dias, como um Pai amoroso.

Lições práticas

É difícil expressar em palavras o quanto esse episódio da vida de Elias marcou minha vida e caminhada com Deus. Tentarei colocar alguns pontos específicos que para mim foram mais perceptíveis, contudo, sei que Deus poderá usar esse estudo para falar o que lhe aprouver.

Elias na caverna nos revela que independente de sermos filhos de Deus, com testemunho e experiência com Ele, em determinados momentos da vida sofreremos tribulações. Atravessaremos situações difíceis e possivelmente nos sentiremos desanimados e sem perspectivas. O que fazer? Por mais que achemos estranho o comportamento recluso de Elias, aquele tempo de reclusão foi determinante para oxigenar a vida e ministério de Elias. Não digo que é recomendável fugir de tudo e de todos, porém, essa história nos revela a necessidade vital de procurar tempo para ficar a sós com Deus em oração. Não orações rápidas e superficiais, mas profundas, em lágrimas, arrependimento e intercessão. É necessário trazer à memória a Soberania de Deus, deixando essa lembrança se sobressair em meio aos murmurinhos pessimistas do mundo.

Os eventos naturais do vento forte, tempestade e fogo, apareceram por todo o ministério de Elias e se prestarmos bem atenção neles, foram divisores de tempo na vida do profeta e também da nação de Israel. Altares pagãos sendo abalados,  vento forte anunciando chuva após período de seca, fogo caindo do céu para responder a oração de Elias frente aos profetas de Baal. E quando todos esses elementos naturais novamente se unem ali na caverna é como se Deus estivesse lembrando Elias que Ele conhece o tempo e as estações, as circunstâncias estão todas sobre Seu controle. Da mesma forma que Deus interveio na história em favor de Elias e de seu povo, Ele está atento e nada escapará à Sua providência.

Que tipo de lembranças estão ocupando nossos dias? Em quais cavernas temos dormido? Deus nos pergunta: O que fazes ai? Tragam à memória o que lhes dá esperança, tragam à memória meu amor e cuidado para com vocês! Passem tempo comigo, arrependam-se dos pecados, do esquecimento de mim e busquem minha presença no silêncio! Quero falar-lhes sobre como prosseguir!

Nesse momento, cristãos estão sendo perseguidos e até mortos em alguns países. irmãos em Cristo estão enfermos, outros deprimidos por perdas, decepções. Alguns convivem com traumas e grandes dificuldades familiares. É possível encontrar forças para prosseguir? A vida de Elias nos revela que sim. Observemos que o cenário de seu tempo já era parecido com o nosso; perseguição, mau governo, apostasia, idolatria. Elias achou que era sozinho naquela situação, contudo, Deus  diz para ele que  havia mais cerca de sete mil profetas; homens e mulheres que não se curvaram a Baal e que estavam sendo guardados. ( I Reis 19:18). Vejam, Deus tinha a conta de cada servo que orava dia após dia buscando Sua direção e presença. Nos dias de hoje não é diferente. Por mais que adversidades existam Deus tem a conta de cada filho, cada coração quebrantado que O busca, Tem a conta de cada preciosa alma que o busca.

Obrigada Senhor,

Ajuda-nos a sermos filhos melhores.

Do Blog TENDA NA ROCHA 

  

quarta-feira, 15 de maio de 2019

        Deus responde as nossas orações?


(por Marilyn Adamson)
Você conhece alguém que realmente confia em Deus? Quando era atéia, uma grande amiga minha costumava me contar toda semana algo específico pelo que ela estava orando, na certeza de que Deus iria tomar providências. E toda semana eu costumava contemplar Deus agindo de maneira incomum para responder suas orações. Você sabe como é difícil para uma atéia observar fatos como esses, semana após semana? Depois de um certo tempo, dizer que não passava de “coincidências” se tornou um argumento muito fraco.
Então, por que Deus respondia as orações da minha amiga? A maior razão para isso é porque ela tinha um relacionamento íntimo com Ele, desejava segui-lo e, realmente ouvia o que Ele tinha a dizer. Em sua mente, Deus tinha o direito de dirigir sua vida e ela o fazia se sentir bem-vindo para fazer justamente isso! Quando ela orava por determinada coisa, era porque, de certa forma, se sentia muito confortável ao se achegar a Deus com suas necessidades, suas preocupações, ou qualquer assunto referente a sua vida. Além disso, estava convencida, pelo que lia na Bíblia, que Deus queria mesmo que ela descansasse nele assim.
Ela basicamente colocava em prática o que esta frase bíblica diz: “Esta é a confiança que temos ao nos aproximarmos de Deus: se pedirmos alguma coisa de acordo com a sua vontade, ele nos ouve.” (1 João 5:14 ) “Porque os olhos do Senhor estão sobre os justos e os seus ouvidos estão atentos à sua oração, mas a face do Senhor está contra os que praticam o mal.” (1 Pedro 3:12 )

Então, por que Deus nem sempre responde às orações de todos?

Pode ser porque nem todos tenham um relacionamento com Ele. Eles devem saber que Deus existe, devem até adorar a Deus de vez em quando. Mas esses que nunca parecem ter suas orações respondidas, provavelmente não desenvolveram um relacionamento com Deus. Além disso, eles nunca devem ter recebido de Deus perdão completo de seus pecados. “O que uma coisa tem a ver com a outra?”, você deve estar se perguntando. Aqui está a explicação: “Certamente, o braço do Senhor não está encolhido para salvar, nem seu ouvido fechado para ouvir. Mas suas iniqüidades separaram vocês de Deus. Seus pecados esconderam a face dele de vocês, então ele não os irá ouvir.” (Isaías 59:12)
É muito natural sentir essa separação de Deus. Quando as pessoas se voltam para Ele a fim de colocá-lo a par de algo, ou para pedir algo, o que geralmente elas fazem? Começam dizendo: “Deus, eu realmente preciso da tua ajuda neste problema…”. E aí há uma pausa, seguida de: “Eu sei que não sou uma pessoa perfeita, que realmente não tenho direito nenhum de te pedir isso…”. Existe um conhecimento pessoal de pecados e fracassos. E a pessoa sabe que Deus está ciente disso também. Há uma noção de: “Com quem penso que estou brincando?”. O que eles não devem saber é como podem receber o perdão de Deus por todos os seus pecados e como podem desenvolver um relacionamento pessoal com Deus, para que então Ele possa ouvi-los. Este é o fundamento básico para que Deus responda suas orações.

Como Orar: O Fundamento Básico

Primeiro você deve começar um relacionamento com Deus. Imagine que um rapaz chamado Marcos decide pedir ao reitor da Universidade de Federal do Rio de Janeiro (alguém que ele nem ao menos conhece) que autorize o empréstimo de um carro para ele. Marcos teria chance nula de conseguir ser atendido. (Estamos presumindo que o reitor da UFRJ não seja idiota). Por outro lado, se a filha deste mesmo reitor pedisse a seu pai que autorizasse um empréstimo de carro para ela, não haveria problema algum. Um relacionamento pessoal conta muito.
Com Deus, quando alguém é verdadeiramente seu filho, quando alguém pertence a Ele, Ele o conhece e ouve suas orações. Jesus disse: “Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem. As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna, e elas jamais perecerão; ninguém as poderá arrancar da minha mão.” (João 10:14, 27-28)
Quando o assunto é Deus, você realmente o conhece? E Ele conhece você? Você tem um relacionamento com Ele que garanta a resposta de suas orações? Ou Deus está bem distante, sendo apenas um conceito em sua vida? Se Deus está distante, ou você não tem certeza de que o conhece, aqui está uma maneira de começar a se relacionar com Ele agora mesmo: Conhecendo Deus pessoalmente.

Será que Deus vai responder sua oração definitivamente?

Para aqueles que realmente o conhecem e descansam nele, Jesus parece ser muito generoso em sua oferta: “Se vocês permanecerem em mim, e as minhas palavras permanecerem em vocês, pedirão o que quiserem, e lhes será concedido.” (João 15:7) “Permanecer” em Cristo e ter as palavras dele dentro de nós significa que conduzimos nossas vidas sob o comando dele, descansando nele, ouvindo o que Ele tem a dizer. Assim, estaremos aptos a pedir a Deus qualquer coisa que desejarmos e Ele responderá. Aqui está outra vantagem: “Esta é a confiança que temos ao nos aproximarmos de Deus: se pedirmos alguma coisa de acordo com a sua vontade, ele nos ouve. E se sabemos que ele nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que temos o que dele pedimos.” (1 João 5:14-15) Deus responde nossas orações de acordo com a sua vontade (e de acordo com a sua sabedoria, seu amor por nós, sua santidade…).
Nós erramos ao assumirmos que sabemos qual é a vontade de Deus, quando somente alguma coisa faz sentido para nós! Nós assumimos que há somente uma “resposta” correta para cada oração específica, tendo a certeza de que AQUELA é a vontade de Deus. E é aí que fica mais difícil. Nós vivemos dentro dos limites do tempo e do conhecimento. Temos apenas informações limitadas sobre cada situação e sabemos algumas implicações de ações futuras nessas determinadas situações. O entendimento de Deus é ilimitado. Como um evento ocorre no curso da vida ou da história é apenas algo que Ele já sabe. E Ele deve ter propósitos muito além daqueles que podemos imaginar. Logo, Deus não fará algo simplesmente porque determinamos que essa deveria ser a sua vontade.

O que é preciso? O que Deus está inclinado a fazer?

Páginas e páginas poderiam ser preenchidas com as intenções de Deus para nós. A Bíblia inteira é uma descrição do tipo de relacionamento que Deus quer que experimentemos com Ele e do tipo de vida que Ele quer nos dar.
Aqui estão alguns exemplos:“…o Senhor espera o momento de ser bondoso com vocês; ele ainda se levantará para mostrar-lhes compaixão. Pois o Senhor é Deus de justiça. Como são felizes todos os que nele esperam!” (Isaías 30:18 ) Você captou isso? Como alguém que se levanta de sua cadeira para oferecer ajuda, “Ele se levanta para lhe mostrar compaixão”. “Este é o Deus cujo caminho é perfeito; a palavra do Senhor é comprovadamente genuína. Ele é um escudo para todos os que nele se refugiam.” (Salmo 18:30) “O Senhor se deleita naqueles que o temem [reverenciam], que colocam sua esperança em seu leal amor.” (Salmo 147:14)
De qualquer maneira, a maior demonstração do amor e da compaixão de Deus por você é expressa pelas seguintes palavras de Jesus: “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos” (João 15:13 ), que nada mais é do que o que Cristo fez por nós. Então, “Aquele que não poupou a seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como não nos dará, juntamente com ele, gratuitamente todas as coisas?” (Romanos 8:32)

E o que dizer das orações “não respondidas”?

Certamente as pessoas ficam doentes e até morrem; problemas financeiros são reais, e toda sorte de situações difíceis é passível de acontecer na vida de qualquer um. O que fazer então?
Deus nos diz para levar todas as nossas preocupações a Ele. Mesmo quando a situação parecer irremediável, “Lancem sobre ele toda ansiedade, porque ele tem cuidado de vocês.” (1 Pedro 5:7) As circunstâncias podem parecer estar fora de controle, mas não estão. Quando o mundo inteiro estiver desabando, Deus ainda pode e sempre poderá segurá-lo em suas mãos. É aí que uma pessoa pode se sentir muito agradecida por ter o privilégio de conhecer a Deus. “Seja a amabilidade de vocês conhecida por todos. Perto está o Senhor. Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus. E a paz de Deus, que excede todo entendimento, guardará os seus corações e as suas mentes em Cristo Jesus.” (Filipenses 4:5-7) Deus pode providenciar soluções para os seus problemas além do que você considera ser possível. Provavelmente, qualquer cristão pode listar exemplos como esse em suas próprias vidas. Mas se as circunstâncias não melhorarem, Deus ainda pode nos dar a sua paz em meio a tudo isso. Jesus disse: “Deixo-lhes a paz; a minha paz lhes dou. Não a dou como o mundo a dá. Não se perturbem os seus corações, nem tenham medo.” (João 14:27)
É neste ponto (quando as circunstâncias ainda estiverem difíceis) que Deus nos pede para continuar a confiar nele – para “andar pela fé, não pela visão”, diz a Bíblia. Mas não é uma fé cega; é baseada no caráter de Deus. Um carro viajando pela ponte Rio-Niterói é totalmente sustentado pela integridade da ponte. Não importa o que o motorista possa estar sentindo, ou pensando, ou discutindo com o passageiro do outro assento. O que faz o carro chegar seguramente ao outro lado da ponte é a integridade dela, na qual o motorista resolveu confiar. Do mesmo modo, Deus nos pede para confiarmos em sua integridade, seu caráter, sua compaixão, amor, sabedoria, retidão e justiça em nossa defesa. Ele diz: “Eu tenho amado com amor eterno; com amor leal a atraí.” (Jeremias 31:3 ) “Confie nele todo o tempo, ó povo. Coloque diante dele o coração, pois ele é o nosso refúgio.” (Salmo 62:8)

Em Resumo…Como Orar

Deus se ofereceu para responder as orações de seus filhos (aqueles que receberam Jesus em suas vidas e buscam segui-lo). Ele nos pede para levar qualquer preocupação até Ele em oração, pois Ele agirá por nós de acordo com a sua vontade. Enquanto lidamos com dificuldades, temos de lançar sobre Ele nossas aflições e receber dele a paz que desafia as circunstâncias. A base da nossa esperança e fé é a pessoa de Deus. Quanto mais o conhecermos, mais aptos estaremos a confiar nele.
Para saber mais sobre o caráter de Deus, por favor leia o artigo “Quem é Deus?” ou outros artigos neste site. A razão das nossas orações é o caráter de Deus. A primeira oração que Deus responde é a oração em que você expressa o seu desejo de começar um relacionamento com Ele.
Retirado do site Suaescolha.com