quinta-feira, 18 de agosto de 2022

                                       O CÓDIGO DO GETSÊMANI

VOCÊ ACHA MESMO QUE O GETSÊMANI É UM JARDIM? ENTÃO VAMOS ANALISAR.
Jesus está lá no Getsêmani, porque Ele foi chorar ali? Porque Ele foi orar ali? Porque lá no Getsêmani Jesus suou sangue? Gotas de sangue que caíram até o chão.
Porque não podia ser em outro lugar?  Tinha tanto lugar mais bonito ,tanto lugar mais interessante em Jerusalém; porque Ele vai fazer tantos momentos importantes e finais no Getsêmani?  

O  GETSÊMANI NÃO É UM JARDIM
O jardim na perspectiva oriental é outra coisa, é basicamente o que chamamos de "Pomar", é um lugar produtivo. Todo jardim bíblico é um lugar produtivo, onde vai ter uvas, azeitonas, tâmaras, etc..., onde eles irão poder colher e fabricar alguma coisa com eles.
É também um "Pomar" que tem ao lado ou dentro dele uma fábrica.
O Getsêmani era um pomar de árvores de "Azeitonas de Oliveiras", e ali neste pomar existia uma prensa, uma fábrica. O Getsêmani na verdade é em hebraico:

"GET SHIMANI" que quer dizer "PRENSA DE AZEITE".
O Getsêmani nada mais é que um grande pomar que ocupava todo o Monte das Oliveiras , e lá embaixo no pé do monte existia uma "Prensa de Azeite".
Então agora já entendemos que o Getsêmani não é um jardim. A Cultura Judaica já nos ajudou numa outra visão do que realmente é o Jardim do Getsêmani.

MAS PORQUE JESUS FOI ORAR ALI? PORQUE ALI JESUS SUOU SANGUE?
Estas são perguntas que precisamos responder, são perguntas que precisamos saber.
Vejamos em "Lucas 22:44"; onde escrito está:
"E, posto em agonia, orava mais intensamente. E o seu suor tornou-se como grandes gotas de sangue, que corriam até ao chão".

O QUE ACONTECE ALI NO GETSÊMANI?
Eles pegavam todas as azeitonas que estavam no alto do monte, iam colhendo quando estava na época da colheita, desciam com todas estas azeitonas para a "Prensa de Azeite", para a fábrica, e ali começavam o processo das azeitonas, elas passariam por um processo.
A azeitona é um dos alimentos mais completos do mundo porque ela tem vários níveis de aproveitamento. Veja que interessante:
No primeiro processo, eles enchiam sacos com as azeitonas, colocavam os sacos empilhados em cima de outros, isto é, azeitonas em cima de azeitonas, sacos em cima de sacos várias vezes; isto fazia um peso natural sobre as azeitonas e elas começavam a "Sangrar", este era o nome do processo chamado de "Sangria"
O azeite que era o caldo destas azeitonas era um processo chamado de "Natural". Este processo "Natural" era necessário por um motivo muito importante:
O fato delas estarem umas em cima das outras sem nenhuma pressão externa, fazia com que elas soltassem da sua carne um óleo. Eles pegavam este óleo, este azeite que era o melhor azeite, o mais puro, o mais fino, o mais delicado, o mais saboroso, o mais importante, aparavam este azeite que era chamado de "Azeite de Primícias", levavam este azeite para um lugar que estava bem de frente para o Getsêmani, que era o "Templo" que fica bem em frente ao Getsêmani.
Este primeiro azeite ou "Azeite de Primícias" seria utilizado a acender a "Menoráh do Templo",  o "Candelabro do Templo".
Depois pegavam estes sacos, colocavam as azeitonas numa prensa, colocavam um peso sobre elas, começavam a rodar esta prensa em cima destes sacos de azeitonas, cada vez colocavam mais peso e mais peso e cada vez sai um tipo de azeite.
Olha que interessante:
Depois que sai o "Azeite de Primícias", peso de carne sobre carne das azeitonas, colocavam este peso em cima para prensar e saia o "Segundo Azeite" que era um azeite que servia para "alimento". Este também era um azeite muito caro
Depois as azeitonas voltavam para a prensa, esmagavam mais, colocavam mais peso sobre elas, giravam mais a prensa e saia um "Terceiro Azeite". Este já não era tão bom assim para se usar como alimento, era menos puro, precisou de mais pressão, já estava misturado com bagaço e este azeite era levado para "ungir feridas", este azeite era utilizado para cura.  
Colocavam novamente outro peso, giravam a roda da prensa, esmagavam mais ainda estas azeitonas e saia dali mais um tanto de azeite, Este resto de azeite também não dava mais para usar como alimento, mas já dava para ser usado em outra situação.
Faziam sabão ou "Sabonete de azeite de oliveira", para "lavar e limpar".
Mas ainda tinha mais um bagaço destas azeitonas; dava para esmagar mais? Dava sim. Dava para colocarem mais peso sobre elas? Dava sim. Colocavam mais pressão, giravam novamente a roda da prensa, e por fim saia o último exprimido óleo e este seria usado nas lamparinas para "alumiar as casas".
Lamparinas de barro, feitas de cerâmica, colocavam o azeite dentro e ai se utilizava  este último azeite nas lamparinas.  
Aqui iremos entender de uma vez por todas, porque Jesus suou sangue no Getsêmani e porque tinha que ser no Getsêmani e porque o suor de Jesus eram gotas como de sangue.

JESUS ESTÁ NA "PRENSA DO AZEITE", ESTÁ NA "FÁBRICA DE AZEITE".  
"Prensa de Azeite", o "Get Shimani", está bem na frente do Templo.
Quando Jesus vai orar e aceita tomar o "Cálice da redenção" , que agora sabemos o que é, Jesus aceita derramar seu sangue por toda a humanidade.
Jesus aceita um contrato, Ele aceita um acordo, só que, para que aquilo fosse aceito como pureza, como puro por Deus, precisaria ser como "Primícias", o primeiro azeite era "Azeite de Primícias". O primeiro azeite tinha que ser de uma azeitona sobre outra azeitona.
Quando Jesus está ali orando, aceitando este cálice, Ele está aceitando sobre o seu corpo que representa a carne desta azeitona, Ele está na realidade aceitando a carne de todas as azeitonas do mundo, de todas as pessoas do mundo sobre a carne Dele.
Esta era a pressão que Ele estava sofrendo ali naquele momento, por isso o versículo fala que Jesus começa a orar com mais intensidade, por causa da pressão natural da humanidade sobre ele, conforme "Lucas 22:44", onde escrito está:
"E, posto em agonia, orava mais intensamente. E o seu suor tornou-se como grandes gotas de sangue, que corriam até ao chão".
E Ele ali, diante do Templo, entregando o seu sangue como primícias para o Templo.
Em 1° Coríntios 15:20, escrito está:
"Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, e foi feito as primícias dos que dormem".

PRIMÍCIAS" = "PRIMEIROS FRUTOS"
Aqui está falando de colheita, lembre que a azeitona faz toda a colheita, leva para o Getsêmani, e de lá tira o "PRIMEIRO FRUTO", as "Primícias" para levar para o céu, para levar ao Templo, para levar para a Menoráh (Candelabro). Jesus é as "Primícias" dos que dormem.
Por isto foi necessário sentir esta pressão toda; que Ele suasse sangue, e este sangue primeiro foi derramado ali no Getsêmani, onde Jesus toca o chão , Ele toca o Templo.
Quando Jesus derrama o seu sangue ali, Ele toca o Templo, Ele toca Deus.
E assim sucessivamente o sangue de Jesus vai sendo derramado por toda Jerusalém.
Em cada lugar que o sangue de Jesus toca; toca uma área da vida, uma área política, uma área social.
Quando Jesus é açoitado pelo exército romano, Ele toca os gentios (todos), quando Jesus é levado para a casa de Caifás, o sangue Dele toca todo o sistema político e assim sucessivamente o sangue de Jesus vai tocando todas as áreas durante toda a trajetória Dele, depois do Getsêmani, naquele momento.
Neste momento o sangue de Jesus toca o Templo, depois Jesus como aquela azeitona que é mais exprimida durante todo este processo que irá sofrer até a cruz, sendo exprimido, Ele vai tocando todas as áreas de Jerusalém.
Quando Ele é mais exprimido torna-se o "nosso alimento"; quando Ele é mais exprimido, Ele se torna a "nossa cura", da mesma forma como o processo das azeitonas; quando Ele é mais exprimido torna-se o "sabão que nos limpa"; quando Ele é mais exprimido pode-se colocá-lo como as "lamparinas", porque "Ele é a luz que nos ilumina".
Jesus é as "Primícias" dos que dormem porque nós ressuscitaremos com Ele. Jesus é a minha e a sua ressurreição, agora conseguimos entender porque: Quando colocamos o "Hebraico", a "Cultura Judaica", o "País Israel", a cara real do "Jesus judeu"; quando colocamos todos estes elementos, começamos a entender porque no Getsêmani, porque o cálice, porque o suar sangue.
Quando colocamos os quatro elementos juntos: a "Cultura Judaica"; a "língua hebraica"; a "história do povo judeu" e o "país Israel" temos as "Quatro dimensões da Bíblia".
Estudando assim, nunca mais veremos a Bíblia como vimos até os dias atuais.
Estes quatro elementos juntos, nos trazem um novo holograma da Bíblia e quando o sangue de Jesus toca a Menoráh (Candelabro), Ele se torna luz, não apenas para o Templo, mas para todas as nações da terra.
KARLA DAMASCENO.

                                            O VERBO E A CRIAÇÃO

Em (João 1:1-2), escrito está:
1-No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
2-Ele estava no princípio com Deus.

Existem dois princípios distintos contidos nos dois primeiros versos do Evangelho de João:
Em (João 1:1), está o "Princípio Absoluto" ou da "Paternidade". Este princípio está inserido na eternidade, onde conhecemos as três "Dispensações Bíblicas" reveladas pelo Apóstolo Paulo.
Em (João 1:2), está o "Princípio da Biogênese". Este versículo é a mesma coisa que (Gênesis 1:1). Já no começo do seu Evangelho, João denomina Jesus como o "Verbo".
Verbo (Grego) - Logos
Logos é a Palavra proferida a viva voz; aquilo que é declarado, falado.
Jesus Cristo é a essencial "Palavra de Deus", Ele tem o poder pessoal em unidade com Deus; Ele é a causa de toda vida no mundo.
Antes do tempo (Chronus) existir, Cristo já existia com Deus, Ele é o Logos, Ele é a Palavra; Ele é a multiforme "Sabedoria de Deus".

Leia todo "Provérbios 8".

Ele é o "Verbo de ação do Pai"; Ele é a "Palavra Profética do Pai".

Em (Colossenses 1:17), escrito está:
"E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele".
Por causa da existência do "Corpo de Cristo", hoje, Deus é Espírito e Carne, antes da sua encarnação no ventre de Maria, Ele era somente Espírito na eternidade passada.
Na mente grega o termo "Logos" expressava o controle criativo e os conceitos de raciocínio.
A raiz, o cerne do conceito de "Logos" é a "Revelação".
Isto tudo se aplica a Jesus, pois Ele é tudo o que Deus é e sua plena expressão entre os homens.

Em (João 1:14), escrito está:
"E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade".
Neste versículo, Jesus, o "Verbo", aparece como Deus em plena comunhão com o Pai, porém distinto do Pai. O "Verbo" era Deus , isto é, idêntico a Deus em toda a sua existência.

Todas as vezes que o "Verbo" saía do seio do Pai, Ele se manifestava: como Anjo; como Rocha; como Fogo; como Nuvem; como Palavra; mas agora é revelado em carne, revelado como o "Filho do Homem".
Antes não possuía corpo físico, somente Espírito, mas agora o "Filho" tem um corpo e o Pai resolveu revelar-se por meio do Filho.
Por meio do Filho o Pai será conhecido, e com o corpo do Filho o Pai habitará na sua "Imagem" que foi criada antes do homem existir.

Em (Gênesis 1:26), escrito está:
"E disse Deus: Façamos o homem à nossa "imagem", conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra".

Em (João 17:4-5), escrito está:
4-"Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer.
5-E agora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse".

                                      AS DISPENSAÇÕES BÍBLICAS


Toda a história divina possui três períodos ou dispensações que se dispersam nesta grande eternidade que são as três dispensações onde estão fundamentadas toda a Teologia do Apóstolo Paulo.

As três dispensações bíblicas são nesta ordem:
1) A Dispensação do Mistério (Efésios 3.9) - "O que era"
"E demonstrar a todos qual seja a Dispensação do Mistério, que desde os séculos esteve oculto em Deus, que tudo criou por meio de Jesus Cristo";
Período: Da eternidade passada até a encarnação de Cristo no ventre de Maria.
2) A Dispensação da Graça (Efésios 3.2) - "O que é"
"Se é que tendes ouvido a Dispensação da Graça de Deus, que para convosco me foi dada";
Período: É a dispensação que estamos vivendo atualmente. Da encarnação de Cristo até a reunião da Igreja com Cristo (Arrebatamento da Igreja e o nosso encontro com Jesus nos ares).
3) A Dispensação da Plenitude dos Tempos (Efésios 1.10) - "O que será"
"De tornar a congregar em Cristo todas as coisas, na Dispensação da Plenitude dos Tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra";
Período: Será a partir da reunião da Igreja com Cristo e o rompimento dos selos de Apocalípse 6 e a eternidade vindoura.

DISPENSAÇÃO DO MISTÉRIO
 Nesta primeira dispensação o Apóstolo Paulo inclui o mistério oculto do Filho de Deus, conhecido hoje como "Deus Filho", oculto no seio do Pai conforme:
(João 1.18); onde escrito está:
"Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, esse o revelou".
O Verbo de Deus era Cristo, Ele é a Palavra que procede da boca do Pai. Foi revelado aos homens quando da encarnação no ventre de Maria, onde introduziu a Dispensação da Graça.
Este mistério nasceu nos dias da Festa dos Tabernáculos. Nem os anjos e nem os principados e potestades conheciam este mistério, que foi bem guardado , onde Paulo compreendeu profundamente este mistério.
O Verbo de Deus era Cristo, estava no seio do Pai, é a palavra que procede da boca de Deus.
 Este mistério nasceu nos dias da festas do Tabernáculos, residiu (Tabernaculou) entre nós conforme:
(João 1.14); onde escrito está:
"E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade".
O Verbo não era uma obra de Deus, Ele sempre existiu, convivia com Deus deliberadamente mesmo não sendo uma obra criada por Deus. O Verbo era Deus, conforme:
(Romanos 16:25-26); onde escrito está:
25-"Ora, àquele que é poderoso para vos confirmar segundo o meu evangelho e a pregação de Jesus Cristo, conforme a revelação do mistério que desde tempos eternos esteve oculto",
26-"Mas que se manifestou agora, e se notificou pelas Escrituras dos profetas, segundo o mandamento do Deus eterno, a todas as nações para obediência da fé";
Veja também:
(Colossenses 1:26-27); onde escrito está:
26-"O mistério que esteve oculto desde todos os séculos, e em todas as gerações, e que agora foi manifesto aos seus santos";
27-"Aos quais Deus quis fazer conhecer quais são as riquezas da glória deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós, esperança da glória";

                           O HEBRAICO É UMA LÍNGUA SANTA

O Hebraico faz parte da "Quarta Dimensão da Bíblia". Ele é um dos elos para entendermos a Bíblia na sua profundidade.

Veja isto:
"Um DS - DEUS SANTO, cria uma LS - LÍNGUA SANTA, para trazer a existência uma TS - TERRA SANTA; onde Ele coloca um HS - HOMEM SANTO , para que tenha um relacionamento com um DS - DEUS SANTO".
Como um DEUS SANTO, Ele vai criar todo um planeta, todo o universo.
Para Deus criar todas as coisas, Ele tem que falar para criar. Deus cria tudo FALANDO.
Lá em Gênesis 1:3 E disse Deus.
Já neste momento Ele profere, Ele fala, Ele declara alguma coisa: "HAJA LUZ".
Então Deus tem que criar primeiro uma LÍNGUA, um processo de linguagem para poder criar todas as coisas. E todas as coisas foram criadas através da PALAVRA FALADA, DECLARADA, de um processos de linguagem.
DEUS SANTO cria uma LÍNGUA SANTA para trazer a existência uma TERRA SANTA ; um planeta onde Ele coloca Adão e Eva, esta terra onde hoje nós vivemos.
"Se Deus é Santo, tudo que Ele cria é Santo e semelhante a Ele, que é Santo".
Dentro desta TERRA SANTA, Deus coloca um HOMEM SANTO. Com qual propósito Deus coloca um HOMEM SANTO nesta terra?
Com o propósito que este HOMEM SANTO se comunique, se relacione com este DEUS SANTO. Precisamos ter este elo, este entendimento na nossa mente; esta corrente.
**12/02/2022**
**Estudo da Bíblia em quatro dimensões**
**Hebraico Bíblico**
**Karla Damasceno**

                                     OLHA SÓ QUE INTERESSANTE


Em Gênesis 1:2, escrito está:

"A terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo, mas o Espírito de Deus pairava sobre a face das águas".

Veja a palavra "PAIRAVA"
No Hebraico "RACHAPH"
Em Deuteronômio 32:11, escrito está:

"Como a águia desperta o seu ninho, adeja sobre os seus filhos e, estendendo as suas asas, toma-os, e os leva sobre as suas asas",

Veja a palavra "ADEJA"
No Hebraico "RACHAPH"

No dois versículos ambos querem dizer a mesma coisa.

Isto quer dizer que o Espírito Santo em Gênesis 1:2, quando pairava por sobre as águas, tem a mesmo conotação de uma ave cuidando dos seus filhotes.

O Espírito Santo cuidava de tudo antes de Deus vir e criar todas as coisas, como uma ave cuida dos seus filhotes.

sexta-feira, 21 de maio de 2021

 

O ESTUDO BÍBLICO PROFUNDO E DE QUALIDADE TEM QUE SER FEITO EM QUATRO  DIMENSÕES 
                                
No Livro de Provérbios 25:2, escrito está:
"A glória de Deus está nas coisas encobertas; mas a honra dos reis, está em descobri-las".

O Hebraico conta a história por trás da história. A Bíblia é cheia de códigos, os quais  cabe as nós descobri-los, e para isto, precisamos estudar a Palavra através de 4D, das quatro dimensões, quatro pilares e este estudo é fantástico.

As quatro dimensões da Bíblia são:
1-Estudo através do Hebraico;
2-Estudo através da Cultura Judaica;
3-Estudo através da História de Israel e,
4-Estudo através da História da humanidade.

Na Bíblia tem algumas coisas interessantes como por exemplo:
Porquê Jesus sempre chamava às pessoas para se "ASSENTAR" sobre a terra. Sempre quando Jesus estava no deserto, na Judéia, na Galiléia, no Monte das Bem aventuranças, ou em algum outro lugar, Ele tinha um chamado muito interessante pedindo para que as pessoas se assentassem sobre a terra. Porquê?

Temos que nos "assentar" para poder aprender e compreender as Escrituras Sagradas, porque tudo o que Jesus fez durante o seu Ministério foi ensinar as pessoas.
Quando nos assentamos, estamos dizendo a nós mesmos, estamos mandando uma mensagem ao nosso cérebro que deixaremos as coisas ao nosso redor para lá, deixaremos o nosso celular, a nossa televisão, deixaremos tudo, porque temos que estar dispostos e concentrados no estudo que iremos fazer, não nos importando com as coisas que estão ao nosso redor.
Estar no chão, na terra cria uma conexão com o planeta que Deus criou para nós.
Lembra quando Deus criou Adão? Quando Deus cria Adão, Ele vai lá na terra, pega do pó da terra criar Adão; e Jesus muitas vezes quando ia ensinar algo as pessoas, Ele convidava as pessoas para se assentarem, para que se conectarem com esta terra que Ele criou. E quando nos assentamos e deixamos tudo ao nosso redor, tudo o que pode nos tirar a nossa atenção, a nossa concentração, estamos prontos para nos conectar com a Palavra de Deus, para vermos o que Jesus têm a nos falar, a nos ensinar e o que a Palavra de Deus tem para mim.

YESHIVA=ASSENTAR

A palavra hebraica que é dada para as escolas lá em Israel até os dias de hoje, mas não qualquer escola, mas aquelas escolas que tratarão do estudo bíblico para crianças desde a sua mais tenra idade, jovens, adolescentes e até adultos em Israel, onde irão ensinar a Torah, onde irão ensinar as escrituras é chamada de "IESHIVA", que significa em hebraico "ASSENTAR".

Se formos hoje a Israel e formos ao Muro das Lamentações veremos bem em frente ao muro, uma grande escola que forma rabinos e mestres em Israel, tem um nome bem grande escrito na frente dela em letras bem grandes "IESHIVA", que na realidade é um grande convite de Jesus para assentar-se e desconectar-se, principalmente das coisas que podem nos distrair, de coisas que venham a entrar na nossa mente e que nos tragam preocupações a nossa mente no momento que estamos estudando a Palavra de Deus.
Temos que cortar todas estas coisas quando nos propusermos a assentar-se para meditar na Palavra de Deus. 
Temos que entrar no estudo da Palavra totalmente compromissado com o que iremos aprender, temos que entrar totalmente de cabeça, com o nosso corpo, com a nossa alma e com todo o nosso ser quando vamos estudar a Palavra.
Quando iremos estudar à Palavra nas  4 dimensões, temos que romper laços com tudo o que aprendemos de errado, deixar para trás as dúvidas, toda religiosidade para guardarmos tudo o que o Senhor quer nos ensinar.

Quando estudamos através das quatro dimensões , tudo é totalmente novo, apesar de que algumas são bem antigas, coisas que datam dos tempos da criação, de Gênesis, é na realidade tudo muito novo, porque estas coisas quase ninguém nos ensina e algumas coisas nunca ouvimos dizer. 
Quando estudamos desta maneira é surpreendente, é transformador, trás uma ampliação e a nossa mente se abrirá e nos dará a condição de aprendermos as Escrituras de uma forma inimaginável, trazendo elementos que jamais íamos saber que existia. 
Para entendermos a Palavra temos que olhar pelas lentes das quatro dimensões, como a cultura em que ela foi escrita; temos que entender que ela não foi escrita no Brasil e nem em outro país europeu, asiático, africano ou americano; não podemos ter o olhar ocidental para entender as Escrituras visto que ela foi escrita no oriente.
As Escrituras não foram escritas em português ou outro idioma qualquer sim na língua hebraica o Antigo Testamento, ela tem expressões de linguagem comum àquela cultura.
Assim como nós aqui no Brasil temos várias "expressões de linguagem" inerentes a nossa cultura; a Bíblia também tem "expressões de linguagem" inerentes à Cultura Judaica onde ela foi escrita.

Se quisermos entender a Palavra temos que mergulhar no idioma hebraico em que ela foi escrita. Veja só um exemplo: A Palavra fala que Deus se arrependeu, conforme Gênesis 6:6; onde escrito está:
"Então arrependeu-se o Senhor de haver feito o homem sobre a terra e pesou-lhe em seu coração".

E agora veja em Números 23:19; onde escrito está:
"Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa; porventura diria ele, e não o faria? Ou falaria, e não o confirmaria?"

Num versículo diz que Deus se arrependeu e no outro diz que Deus não é como o homem para se arrepender.
Será que aí não tem alguma "expressão de linguagem" da Cultura Judaica, de onde a Bíblia foi escrita? Não é de se pensar nisto?

A Bíblia foi escrita a muito tempo atrás, mas ela se manteve fiel em toda a História da Humanidade e esta história também tem a ver com esta compreensão bíblica.
E depois, a própria cultura da qual ela foi escrita, a cultura do povo judeu.

E como diz em Provérbios 25:2, onde escrito está:
"A glória de Deus está nas coisas encobertas; mas a honra dos reis, está em descobri-las".

21/05/2021

Karla Damasceno.
       
 
   

domingo, 11 de outubro de 2020

 TETELESTAI - Τετελεσται - ESTÁ CONSUMADO


"Tão logo, pois, Jesus recebeu (e tomou de) o vinagre, disse: "Tem sido consumado" (João 19.30)

 

*João 19.30:  "TEM SIDO CONSUMADO"  {Tetelestai} significa "está completado em perfeição e, em resultado disto, está feito para sempre". Aqui, proclama "Todo o Meu dever está perfeita e definitivamente cumprido!",  "Todo o débito de cada eleito para salvação está perfeita e definitivamente pago!"  e  "Vitória perfeita e definitiva!"



Quando, pois, Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado! (João 19.30)

Está consumado- Τετελεσται”.. Os antigos gregos orgulhavam-se de serem capazes de dizer muita coisa falando pouco — “dar um mar de assunto em uma gota de linguagem” era tido como a perfeição em oratória. O que eles buscavam é encontrado aqui. “Está consumado”, no original, é apenas uma palavra (Gr. Τετελεσται – Tetelestai), todavia, nessa palavra está contido o evangelho de Deus; nessa palavra está contido o fundamento da segurança do crente; nessa palavra é descoberta a essência de todo gozo, bem como o próprio espírito de toda consolação divina.

Está consumado - Τετελεσται”. Isso não foi o grito de desespero de um mártir desamparado; não foi uma expressão de satisfação pelo término de seus sofrimentos haver então chegado; não foi o último suspiro de uma vida que se findava. 

Não, antes foi a declaração da parte do divino Redentor de que tudo pelo qual ele viera do céu à terra para fazer, estava agora feito; que tudo que era necessário para revelar o completo caráter de Deus agora se tinha concluído; que tudo que era requerido pela lei antes que os pecadores pudessem ser salvos tinha agora sido realizado: que o preço da nossa escravidão foi pago para a nossa redenção.

Nessas palavras encontramos a certeza da nossa salvação, a convicção de que nossos débitos para com o Pai foram pagos por outra pessoa. É claro que Jesus tinha que ser sepultado, ressuscitar e subir aos céus. Mas essa conclusão já havia sido determinada anteriormente. A árdua responsabilidade do sofrimento, a terrível experiência de ser separado da presença do Pai, a dolorosa missão de ser tratado como pecador – tudo isso já era passado. Não havia mais nada que Ele pudesse fazer por Deus na carne.

● “TETELESTAI”

A palavra grega “Τετελεσται – Tetelestai” vem do verbo teleo, que significa “terminar, completar, realizar”. Significa a conclusão bem-sucedida de um procedimento. Embora esta palavra não seja muito conhecida de muitos no mudo contemporâneo, ela era familiar quando o Senhor ministrava na terra. 

Os arqueólogos descobriram diversos documentos gregos antigos que nos ajudam a compreender melhor o vocabulário bíblico, pois o Novo Testamento foi escrito na linguagem comum do povo de idioma grego da época. O termo tetelestai na vida diária do povo:

• Servos – os servos e escravos usavam estas palavras sempre que terminavam um trabalho e levavam o fato ao conhecimento de seus senhores.

• Sacerdotes – os sacerdotes gregos também usavam está palavra. Sempre que os adoradores levavam ao templo sacrifícios dedicados ao deus o deusa que adoravam, os sacerdotes tinham que examinar o animal para certificar-se de que era perfeito. Se o sacrifício era aceitável, o sacerdote dizia: “Tetelestai - Τετελεσται – não tem defeito”. Os sacerdotes judeus seguiam um procedimento similar no templo e usavam o equivalente hebreu ou aramaico desse termo. Era importante que o sacrifício fosse perfeito.

• Mercadores – para eles, o termo significava “a dívida está completamente paga”. Se você comprasse algo “a prazo”, quando fizesse o último pagamento o negociante lhe daria um recibo com a palavra “tetelestai - Τετελεσται”, ou seja, quitado. O débito foi totalmente pago.

Ao gritar Tetelestai - Τετελεσται, Jesus deu o maior brado de vitória em toda história da humanidade. Ele afirmou que havia completado, com sucesso, uma grande e poderosa obra. A vida dele na terra estava encerrada, não como um fracasso, mas como o clímax de um plano eterno. O roteiro havia sido escrito antes de seu nascimento em Belém, e agora a cortina estava a ponto de se fechar, com tudo em seu lugar (Lucas 9.31; João 17.4).

● O QUE ESTAVA CONSUMADO?

Arthur W. Pink nos mostra que estava consumada sua obra sacrificial. É verdade que havia ainda o ato da própria morte, que era necessária para fazer a expiação. Porém, como se dá frequentemente no Evangelho de João cf. (João 12.23,31; 13.31; 16.5; 17.4), o Senhor fala aqui antecipadamente da conclusão de sua obra. 

Além disso, deve ser lembrado que as três horas de trevas já haviam passado, o terrível cálice já havia sido sorvido até à última gota, seu precioso sangue já tinha sido vertido, a ira divina derramada já havia sido suportada; e esses são os principais elementos para se fazer a propiciação. A obra sacrificial do Salvador, então, estava completada, com exceção apenas do ato de morte que se seguiu imediatamente. Mas, como veremos, a consumação daquela obra pôs fim a várias coisas, e a elas voltaremos a nossa atenção.

. Aqui vemos efetuado o cumprimento de todas as profecias que foram escritas sobre ele antes que viesse a morrer. Havia profecia que anunciava que sua pessoa deveria ser desprezada (Isaías 53.3); que ele deveria ser rejeitado pelos judeus (Isaías 8.14); que ele deveria ser aborrecido “sem causa” (Salmos 69.4): então, é triste dizê-lo, tal foi precisamente o caso. Havia profecia que pintava o quadro inteiro de sua degradação e crucificação — então, foi ele vividamente reproduzido. 

Houvera a traição por um amigo íntimo, a deserção por seus queridos discípulos, o ser levado ao matadouro, o ser levado a julgamento, o aparecimento de falsas testemunhas contra si, a recusa de sua parte de se defender, a demonstração de sua inocência, a condenação injusta, a pena de morte sentenciada sobre si, o traspassamento literal de suas mãos e pés, o ser contado entre os transgressores, a zombaria da multidão, o lançar sortes sobre suas vestes — tudo predito séculos antes, e tudo cumprido ao pé da letra. 

A última profecia de todas que ainda restava antes de encomendar seu espírito às mãos do Pai tinha agora sido cumprida. Ele clamou, “Tenho sede”, e após o oferecimento de vinagre e fel tudo estava agora “concluído”; e, quando o Senhor Jesus reviu o inteiro escopo da palavra profética e viu sua completa realização, ele bradou, “Está consumado”!

. Vemos aqui o término de seus sofrimentos. E qual língua ou pena pode descrever os sofrimentos do Salvador? Ó, que angústia inexprimível, física, mental e espiritual que ele suportou! Apropriadamente foi ele designado “o Homem de Dores”. Sofrimentos nas mãos dos homens, nas mãos de Satanás e nas mãos de Deus. Dor infligida tanto pelos inimigos quanto pelos amigos. 

Desde o início ele caminhou entre as sombras que a cruz lançava de través sobre seus passos. Ouça seu lamento: “Estou aflito e prestes a morrer desde a minha mocidade” (Salmos 88.15). Que luz isso lança sobre seus primeiros anos! Quem pode dizer quanto está contido nessas palavras? Para nós, um véu impenetrável está lançado sobre o futuro; nenhum de nós sabe o que um dia pode causar. Mas o Salvador conhecia o fim desde o começo!

. Vemos aqui que o objetivo da Encarnação é alcançado. A missão na qual Deus enviara seu Filho ao mundo estava acabada. Aquilo que fora tencionado na eternidade viera a suceder. O plano de Deus fora plenamente levado a cabo. É verdade que o Salvador fora morto e crucificado “por mãos de iníquos”, todavia, foi “entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus” (Atos 2.23). 

É verdade que os reis da terra se levantaram, e os príncipes se ajuntaram contra o Senhor, e contra o seu Cristo; entretanto, não foi senão para fazer o que a mão e o conselho de Deus “tinham anteriormente determinado que se havia de fazer” (Atos 4.28). Por que ele é o Altíssimo, não se pode frustrar a secreta vontade de Deus.

. Vemos aqui a realização da expiação. O Filho do Homem veio aqui “para buscar e salvar o que se havia perdido” (Lucas 19.10). Cristo Jesus entrou no mundo “para salvar os pecadores” (1Timóteo 1.15). Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, “para remir os que estavam debaixo da lei” (Gálatas 4.4). Ele foi manifestado “para tirar os nossos pecados” (1João 3.5). E tudo isso envolvia a cruz. O “perdido” que ele veio buscar só podia ser encontrado lá — no lugar de morte e sob a condenação divina. Os pecadores podiam ser “salvos” somente por alguém tomando seu lugar e levando suas iniquidades. 

Aqueles que estavam sob a lei apenas podiam ser “remidos” por um outro que cumprisse suas exigências e sofresse sua maldição. Nossos pecados somente podiam ser “tirados” sendo apagados pelo precioso sangue de Cristo. As demandas da justiça têm que ser satisfeitas: as exigências da santidade divina têm que ser atendidas: o terrível débito em que incorremos tem que ser pago. E na cruz isso foi feito; feito por ninguém menos que o Filho de Deus; feito com perfeição; feito de uma vez por todas.

. Vemos aqui o fim de nossos pecados. Os pecados do crente — todos os seus — foram transferidos ao Salvador. Como diz a escritura: “O Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos”(Isaías 53.6). Se Deus, pois lançou minhas iniquidades sobre Cristo, não mais estão elas sobre mim. Há pecado em mim, pois a velha natureza adâmica permanece no crente até a morte ou até o retorno de Cristo, caso ele venha antes que eu morra, porém, não há mais pecado algum sobre mim. Tal distinção entre pecado EM e pecado SOBRE é uma distinção vital, e deve haver pouca dificuldade em sua apreensão. 

Se eu dissesse que o juiz deu a sentença sobre um criminoso, e que esse está agora sob sentença de morte, todos entenderiam o que eu quis dizer. Da mesma forma, todos fora de Cristo têm a sentença da condenação divina que repousa sobre si. Porém, quando um pecador crê no Senhor, recebe-o como seu Senhor e Mestre, ele não mais está “sob condenação” — o pecado não mais está sobre si, ou seja, a culpa, a condenação, a pena do pecado, não mais está sobre ele. 

E por quê? Porque Cristo levou nossos pecados em seu próprio corpo sobre o madeiro (1Pedro 2.24). A culpa, a condenação e a pena de nossos pecados foram transferidas ao nosso substituto. Em consequência, porque meus pecados foram transferidos a Cristo, eles não mais estão sobre mim.

. Aqui vemos o cumprimento das exigências da lei. “A lei é santa, e o mandamento santo, justo e bom” (Romanos 7.12). Como poderia ela ser menos que isso, já que o próprio Jeová a tinha ideado e dado! A culpa não estava na lei, mas no homem que, sendo depravado e pecador, não a podia guardar. Todavia, aquela lei tem que ser guardada, e guardada por um homem, de modo que a lei pudesse ser honrada e exaltada, e justificado aquele que a deu. 

Por conseguinte, lemos: “Porquanto o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne; para que a justiça da lei se cumprisse em (não “por”) nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o espírito” (Romanos 8.3,4). A “enfermidade” aqui é aquela do homem caído. O envio do Filho de Deus na semelhança da carne do pecado refere-se à Encarnação: como lemos na escritura, “Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam sob a lei” (Gálatas 4.4-5). Sim, o Salvador nasceu “sob a lei”, nasceu sob ela para que pudesse guardá-la perfeitamente em pensamento, palavra e obras. “Não cuideis que vim destruir a lei, ou os profetas: não vim abrogar, mas cumprir” (Mateus 5.17); essa foi sua pretensão.

. Aqui vemos a destruição do poder de Satanás. Veja-o pela fé. A cruz foi o presságio de morte do poder do diabo. Às aparências humanas parecia o momento de seu maior triunfo, todavia, na realidade foi a hora de sua derrota definitiva. Em virtude da cruz o Salvador declarou, “Agora é o juízo deste mundo; agora será expulso o príncipe deste mundo” (João 12.31). 

É verdade que Satanás não foi ainda acorrentado e lançado no abismo, entretanto, a sentença foi dada (ainda que não executada); seu fim é certo; e seu poder já está quebrado no que diz respeito aos crentes.

Para o cristão, o diabo é um inimigo vencido. Ele foi derrotado por Cristo na cruz — “para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo” (Hebreus 2.14). Os crentes já foram tirados “da potestade das trevas” e transportados para o reino do Filho do amor de Deus (Colossenses  1.13). Satanás, então, deve ser tratado como um inimigo derrotado. Ele não mais tem qualquer reivindicação legítima sobre nós. 

Outrora éramos seus “cativos” por lei, mas Cristo nos livrou. Outrora andávamos “segundo o príncipe das potestades do ar”; mas agora temos de seguir o exemplo que Cristo nos deixou. Outrora Satanás “operava em nós”; mas agora Deus é quem opera em nós tanto o querer quanto o efetuar, segundo sua boa vontade. Tudo o que temos de fazer é “resistir ao diabo”, e a promessa é que “ele fugirá de vós” (Tiago 4.7).

Há alguns anos houve um evangelista excêntrico de nome Alexandre Wooton. Um homem aproximou-se dele certo dia e perguntou com tom de ironia na voz: “O que devo fazer para ser salvo?” Sabendo que o indivíduo não falava a sério sobre a salvação, Wooton respondeu: “É tarde demais, você não pode fazer mais nada!” O homem ficou alarmado e disse: “Não pode ser! O que é preciso para que eu seja salvo?” Wooton repetiu: “É tarde demais! Já está feito!” Essa é a mensagem do Evangelho: a obra da salvação já está consumada. Terminou. Não podemos acrescentar nada a ela, e acrescentar algo seria tirar algo dela. Deus oferece ao mundo perdido uma obra consumada, uma salvação completa. Tudo o que o pecador tem de fazer é crer em Jesus Cristo. 

O livro de Hebreus explica esta salvação totalmente concluída: “Ora, neste caso, seria necessário que ele tivesse sofrido muitas vezes desde a fundação do mundo; agora, porém, ao se cumprirem os tempos, se manifestou uma vez por todas, para aniquilar, pelo sacrifício de si mesmo, o pecado. E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo, assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação” (Hebreus 9.26-28). “Porque é impossível que o sangue de touros e de bodes remova pecados. Jesus, porém, tendo oferecido, para sempre, um único sacrifício pelos pecados, assentou-se à destra de Deus” (Hebreus 10.4, 12). A obra da salvação terminou. “Está consumada”.

O verbo grego (tetelestai - Τετελεσται) está no tempo perfeito, indicando uma conquista de resultados duradouros. Poderia ser traduzido por "ela foi e permanece para sempre conquistada", pois Cristo fez o que a Carta aos Hebreus chama de "um único sacrifício pelos pecados" (Hebreus 10.12). Logo, porque Cristo concluiu a obra de carregar os nossos pecados, nada nos resta a fazer, nem mesmo a contribuir.

Para demonstrar a natureza satisfatória do sacrifício de Cristo, o véu do templo foi rasgado de "alto a baixo" (Mateus 27.51), como prova de que a mão de Deus havia feito aquilo. Essa cortina havia permanecido por séculos entre o santuário e o Santo dos santos como um emblema da inacessibilidade de Deus aos pecadores; ninguém podia penetrar além do véu na presença de Deus, exceto o sumo sacerdote no Dia da Expiação. 

Porém, com o sacrifício de Jesus na cruz, o véu foi rasgado ao meio e retirado, pois não era mais necessário. Os adoradores nos pátios do templo, reunidos para o sacrifício do entardecer, foram dramaticamente informados sobre outro e melhor sacrifício, pelo qual eles poderiam se achegar a Deus.

● Quero encerrar esse capítulo com dois textos que se encontra em Hebreus 10.11-14 e 19-25:

Ora, todo sacerdote se apresenta, dia após dia, a exercer o serviço sagrado e a oferecer muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca jamais podem remover pecados; Jesus, porém, tendo oferecido, para sempre, um único sacrifício pelos pecados, assentou-se à destra de Deus, aguardando, daí em diante, até que os seus inimigos sejam postos por estrado dos seus pés. 

Porque, com uma única oferta, aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados. Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne, e tendo grande sacerdote sobre a casa de Deus, aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo o coração purificado de má consciência e lavado o corpo com água pura. Guardemos firme a confissão da esperança, sem vacilar, pois quem fez a promessa é fiel. Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras. Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima.

Está consumado!

 

Aleluia!

Bibliografia:

• Pink, Arthur W. Os Sete Brados do Salvador na Cruz. Modo de Compatibilidade, Semeadores da Palavra e-books evangélicos, 2006: p. 88.

• Ibid p. 88.

• Lutzer, Erwin. Os Brados da Cruz. Ed. Vida, São Paulo, SP, 2002: p. 129.

• Ibid, p. 130.

• Wiersbe, W. Warren. O Que As Palavras da Cruz Significam Para Nós, Ed. CPAD, Rio de Janeiro, RJ, 2001: p. 106.

• Lutzer, Erwin.. Os Brados da Cruz. Ed. Vida, São Paulo, SP, 2002: p. 131.

•  Pink, Arthur W. Os Sete Brados do Salvador na Cruz. Modo de Compatibilidade, Semeadores da Palavra e-books evangélicos, 2006: p. 89-103.

• Wiersbe, W. Warren. O Que As Palavras da Cruz Significam Para Nós, Ed. CPAD, Rio de Janeiro, RJ, 2001: p. 112.

PASTOR BARBOSA NETO POR EMAIL