segunda-feira, 30 de março de 2020

                       O PAPEL DA IGREJA EM UM TEMPO DE INCREDULIDADE

A imagem pode conter: uma ou mais pessoas


“A maior questão do nosso tempo”, disse o historiador Will Durant, “não é o comunismo versus o individualismo, nem a Europa contra a América, nem mesmo o Oriente contra o Ocidente; é se os homens podem viver sem Deus”. Essa pergunta, ao que parece, será respondida em nossos próprios dias.

Por séculos, a igreja cristã tem sido o centro da civilização ocidental. A cultura, o governo, a lei e a sociedade ocidentais eram baseados em princípios explicitamente cristãos. A preocupação com o indivíduo, o compromisso com os direitos humanos e o respeito pelo bem, pelo belo e pelo verdadeiro — tudo isso decorreu das convicções cristãs e da influência da religião revelada.

Tudo isso, apressamo-nos a acrescentar, está sob ataque sério. A própria noção de certo e errado é rejeitada por grandes setores da sociedade brasileira. Onde não é rejeitada, muitas vezes é indesejada. Seguindo o exemplo do livro “Alice nos País das Maravilhas”, os secularistas modernos simplesmente declaram o errado, certo e o certo, errado.

Um Novo Panorama

O teólogo quaker D. Elton Trueblood certa vez descreveu a América como uma “civilização de flores cortadas”. Nossa cultura, ele argumentou, está cortada de suas raízes cristãs como uma flor cortada de seu caule. Embora a flor mantenha sua beleza por algum tempo, ela está destinada a murchar e morrer.

Quando Trueblood falou essas palavras há mais de duas décadas, a flor ainda tinha alguma cor e sinais de vida. Mas a flor há muito tempo perdeu sua vitalidade, e é hora de as pétalas caídas serem reconhecidas.

“Se Deus não existe”, argumentou Ivan Karamazov, de Fiodor Dostoiévski, “tudo é permitido”. A permissividade da sociedade brasileira moderna dificilmente pode ser exagerada, mas pode ser atribuída diretamente ao fato de homens e mulheres modernos agirem como se Deus não existisse ou fosse impotente para realizar a sua vontade.

A igreja cristã agora se encontra diante de uma nova realidade. A igreja não representa mais o núcleo central da cultura ocidental. Embora permaneçam postos avançados de influência cristã, são exceções e não a regra. Na maior parte, a igreja foi substituída pelo reinado do secularismo.

O jornal diário produz uma barreira constante que confirma o estado atual da sociedade brasileira. Esse tempo não é o primeiro a ver o horror e o mal indescritíveis, mas é o primeiro a negar qualquer base consistente para identificar o mal como mal ou o bem como bem.

A igreja fiel é, em sua maior parte, tolerada como uma voz na arena pública, mas somente enquanto não tenta exercer qualquer influência credível no estado das coisas. Se a igreja falar com veemência sobre uma questão de debate público, ela é criticada como coercitiva e desatualizada.

Um Novo Papel

Como a igreja pensa em si mesma ao encarar essa nova realidade? Durante a década de 1980, era possível pensar em termos ambiciosos sobre a igreja como a vanguarda de uma maioria moral. Essa confiança tem sido seriamente abalada pelos acontecimentos da última década.

Um pequeno progresso em direção ao restabelecimento de um centro de gravidade moral podia ser detectado. Contudo, a cultura mudou rapidamente para um abandono mais completo de toda convicção moral.

A igreja confessional agora deve estar disposta a ser uma minoria moral, se é isso que os tempos exigem. A igreja não tem o direito de seguir o canto da sereia secular em direção ao revisionismo moral e posições politicamente corretas sobre os problemas atuais.

Qualquer que seja a questão, a igreja deve falar como a igreja, ou seja, como a comunidade dos caídos, mas redimidos, que estão sob a autoridade divina. A preocupação da igreja não é conhecer a sua própria mente, mas conhecer e seguir a mente de Deus. As convicções da igreja não devem emergir das cinzas de nossa própria sabedoria caída, mas da Palavra autoritativa de Deus, que revela a sabedoria de Deus e os seus mandamentos.

A igreja deve ser uma comunidade de caráter; e o caráter de um povo que está sob a autoridade do Deus soberano do universo inevitavelmente estará em desacordo com uma cultura de incredulidade.

Um Antigo Chamado

A igreja brasileira enfrenta uma nova situação. Esse novo contexto é tão atual quanto o jornal da manhã e tão antigo quanto as primeiras igrejas cristãs em Corinto, Éfeso, Laodicéia e Roma. A eternidade registrará se a igreja brasileira está disposta a se submeter apenas à autoridade de Deus ou se a igreja perderá o seu chamado para servir a deuses menores.

A igreja deve despertar para o seu status de minoria moral e se apegar ao evangelho que nos foi confiado para ser pregado. Ao fazê-lo, as fontes profundas da verdade eterna revelarão que a igreja é um oásis vivificante em meio ao deserto moral do Brasil..

por Albert Mohler Jr.


Estudo Bíblico.net

sexta-feira, 27 de março de 2020


Evangelização na China em tempo de Coronavírus - Imagem Google

Daniel Torkelson
Traduzido por: 
Wilma Rejane


Os cristãos realmente sabem como agir em um assunto como esse? Nós, como povo de Deus, parecemos facilmente levados pelo mesmo pânico especulativo que governa a mente de muitos quando uma crise como o coronavírus se manifesta.

No livro bíblico de Mateus, capítulo 6, Jesus diz: “Portanto, não fique ansioso, dizendo: 'O que devemos comer?' ou 'O que devemos beber?' ou 'O que devemos vestir?' Pois os gentios buscam todas essas coisas, e seu Pai celestial sabe que precisamos de todas elas. Busquemos primeiro o reino de Deus e sua justiça, e todas essas coisas nos serão adicionadas. ”

Isso parece indicar que Cristo não quer que entremos em pânico. Durante esse período, temos oportunidades para modelar a diferença entre ser ou não cristão,  demonstrar que o Evangelho é uma mensagem melhor do que qualquer outra.

A diferença entre preocupação e precaução.

O vírus é sério, e aqueles que ficaram gravemente doentes - ou até morreram - não devem ser ignorados. Há, no entanto, distinções significativas que devemos fazer para pensar sobre isso de uma maneira bíblica.

Como cristãos que recebemos o amor de Cristo, devemos amar uns aos outros, portanto, uma preocupação saudável com a saúde e o bem-estar de nosso próximo exige ação legítima. Assim como nunca desejaríamos o coronavírus para nós mesmos, também não deveríamos desejar para o nosso vizinho.

Devemos garantir, como cidadãos fiéis, que nosso governo e comunidades médicas estejam respondendo adequadamente a pandemia. Devemos tomar medidas de precaução para mitigar a contração ou a disseminação. Lave bem as mãos. (Cante a "Doxologia" em ritmo moderado enquanto lava as mãos. Funciona.)


Se nosso vizinho contraiu coronavírus e precisa de ajuda para obter assistência médica, ajudemos. É um momento para demonstrar que o amor de Deus nos governa. O bom samaritano fez um grande esforço para salvar o homem meio morto na beira da estrada. Ele é adequadamente entendido como uma figura de Jesus, que deu a vida para nos salvar. É um amor humano exemplar.

Quando Jesus instruiu seus discípulos a não se preocuparem, ele se referiu a eles como tendo "pouca fé". Não é preciso fé para se preocupar. Nós, cristãos, frequentemente falhamos com nosso Senhor, parecendo demais com o resto do mundo.

O mundo está preocupado com o vírus ? Parece que sim. Quando nossa preocupação em não contrair o vírus nos consome a ponto de esquecermos o primeiro mandamento de 'Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos" a preocupação se torna um ídolo para nós. Preocupar-se com a contração do vírus revela que não confiamos na bondade e na graça de Deus tanto quanto dizemos. Se essa preocupação é a nossa "fé", temos boas razões para nos preocuparmos com a nossa salvação.

Isso significa que o pânico não é uma opção. Se não é preciso fé para se preocupar, o pânico é o equivalente à apostasia, revelando que somos nossos “deuses” e que não termos controle absoluto sobre todos os assuntos relacionados a nossos corpos e vidas nos alarma.


A mídia alardeia o medo e o caos, se se sentir mal ao assistir noticiários,melhor desligar a TV, desconectar as mídias sociais e aguardar a passagem do vírus.

Os cristãos vencem de qualquer maneira

Deixando o conselho médico sobre quarentena e atendimento aos profissionais, ainda posso oferecer uma orientação para os cristãos que foram expostos ao vírus ou diagnosticados com ele: Descanse sob os cuidados de seu Criador. Obviamente, se submeta aos procedimentos médicos, terapias e medicamentos. Mas, acima de tudo, lance seus cuidados sobre Deus, pois Ele se importa com você. Na vida ou na morte - apesar das probabilidades, você viverá - você ganhará de qualquer maneira. Você pode sair do hospital pela porta da frente ou pela porta dos fundos. De qualquer maneira, como diz um amigo médico, com um brilho nos olhos; " os cristãos vencem". Ele está absolutamente certo.

Esta é a melhor parte de ser cristão, não? O diabo gosta de jogar doenças, pestilências, medo, entre outros caos. Mas nós temos Cristo. Já temos a salvação Dele. Não precisamos nos preocupar nem temer os melhores ou os piores resultados, se contrairmos o vírus. Nós temos Cristo. Nós temos uma nova vida. Nós temos vida eterna. Ele cuida de nós de corpo e alma.

Agora é nossa hora de mostrar a uma nação ansiosa e a um mundo ansioso como o cristianismo é melhor do que qualquer outra bebida que o resto do mundo esteja bebendo.

Em Cristo.

Daniel Torkelson é pastor da Igreja e Pré-Escola Luterana St. John, em North Prairie, Wisconsin. Disponível em: https://thefederalist.com/2020/03/12/how-christians-can-respond-to-a-world-anxious-about-wuhan-coronavirus/. Acesso em 24/03/2020.

Retirado do Blog A TENDA NA ROCHA

segunda-feira, 23 de março de 2020



Wilma Rejane


A pandemia do Coronavírus está modificando toda estrutura social e também emocional da população. Sem dúvidas, é um momento difícil para todos nós, independente de credo ou nacionalidade, todos estamos atravessando o que se descreve no Salmo 23 como "vale da sombra da morte". Olhar para a atual situação da Itália com um número elevado de mortes e ver outros países ( incluindo o Brasil) sob as mesmas ameaças é muito triste. É um momento que deve servir para refletirmos não apenas sobre a morte, mas também sobre a vida.

É um momento de percebermos quão grande é a misericórdia de Deus que diariamente nos proporciona mercados lotados de alimentos, fronteiras territoriais livres, portos marítimos funcionando, apertos de mãos, abraços demorados, idas e vindas diárias aos mais diversos lugares, entre outras coisas. A falta de tudo lembra o valor das presenças. Alguns dirão que a economia se move pelo capital e isso tem a ver com trabalho e mérito e não com fé, porém, em tempo de coronavírus vale recordar que é Deus quem dá a força para o trabalho, a capacidade de produzir e de desfrutar da produção; a doença e a morte são acontecimentos que rompem com essas bênçãos.

Sabemos que o cristão não deve temer à morte, nem deve apressá-la, Eclesiastes 7:17 diz: "Não sejas demasiadamente ímpio, nem sejas louco; por que morrerias fora de teu tempo?"É prudente que sigamos todas as instruções das autoridades constituídas na prevenção e combate da pandemia Coronavírus. É prudente que além de seguirmos as instruções confiemos na bondade e fidelidade de Deus para nos cercar de cuidados.

Sei que a exemplo de minha família, muitas outras estão reunidas sem sair de casa ou se revesando para saídas necessárias à supermercados e/ou farmácias. Algumas pessoas estão confinadas e solitárias, distante da família, em outro Estado ou País ou mesmo em sua terra natal. Em qualquer situação, acredito que vale à pena reservar um instante do dia para se aproximar de Deus, ainda que as pessoas de sua família sigam religiões diferentes ou nenhuma religião. É um momento de se unir para trazer à memória a fé e a esperança em Deus e em Cristo Jesus. Testemunho de que isto pode ser feito sem ferir a crença do outro, se o amor e a gratidão estiverem presentes ninguém se sentirá constrangido.

Tudo isso vai passar, é algo que já aconteceu no passado, não da mesma forma, nem com os mesmos atores sociais, nem com as mesmas causas e efeitos, desde o Êxodo, as terríveis pragas estavam lá para dizimar a maldade e a dureza de coração, para dizer ao mundo que a vida é mantida por um Deus santo e bondoso que abomina o pecado. A mensagem para nossos dias não é diferente. Não há qualquer homem ou divindade que possa fazer cessar essa pandemia, a não ser a ordem Divina que mantém a terra e todos os limites em seus devidos lugares diariamente.

Deus nos abençoe.

Retirado do Blog "A TENDA NA ROCHA"