sábado, 8 de dezembro de 2018

A Caminho do Sepulcro Vazio

Era já o terceiro dia do sepultamento de Jesus. As primeiras horas do domingo. Maria Madalena, Joana e Maria mãe de Tiago( Lc 24)   se dirigem até o sepulcro na intenção de ungir o corpo do Mestre. Juntas carregam especiarias compradas no mercado de Jerusalém e algumas outras que com muito zelo prepararam. Durante o percurso, conversam sobre como seria bom se Jesus estivesse vivo, recordam momentos compartilhados com Aquele que lhes  despertou o verdadeiro dom de amar. Mas, as mulheres tinham alguns temores, segundo o Evangelista Marcos, “elas diziam umas para as outras: Quem nos revolverá a pedra da porta do sepulcro”? Mc 16:3

É admirável a determinação das discípulas de Jesus. Elas sabiam que podiam encontrar guardas romanos à entrada do sepulcro  impedindo-as de completar a missão. Sabiam que na rocha virgem,
preparada para repouso do Messias, existia uma entrada lacrada com enorme pedra pesada, cuja remoção, dependia de força física que apenas os homens teriam. Ainda assim, não desistem. A atitude das mulheres parece ser digna de louvores. Afinal, quem mais, diante de tantos obstáculos, intentaria ungir “o morto”?!

Quando enfim, chegam ao sepulcro, encontram um cenário bem diferente daquele que desenham na mente: Nem soldados, nem  pedra impedem a entrada no local. O sepulcro está totalmente vazio! Admiradas, elas ficam ali por alguns instantes: “Para onde  levaram o corpo de Jesus? Precisamos descobrir.”. Perplexas, quase desmaiam de  temor quando dentro do pequeno ambiente, surgem dois varões com resplandecentes vestes a lhes falar:

“Por que buscais o vivente entre os mortos”? Lc 24:5

Notem que os anjos repreenderam as mulheres: “Vocês estão procurando a pessoa certa, porém, no lugar errado”. Essa palavra mexeu comigo. Quantas pessoas estão agindo como as mulheres a caminho do sepulcro? Empreendendo tempo, esforço, determinação e esperanças na direção errada. Querem a coisa certa, mas procuram no lugar errado.

Alguém exclamaria: “Mas elas amavam a Jesus”! Sim, somente não perceberam que as coisas mudaram. Que precisavam sair do passado, e viver o hoje. Colocar a fé em ação. “Buscar o vivente entre os mortos” significa limitar o que não é limitado. O sepulcro era nada diante do Mestre. Toda aquela situação de morte foi vencida pelo poder redentor, aleluia! As mulheres precisavam de olhos espirituais, para enxergarem além do natural. Havia uma pedra que precisava ser removida bem em seus corações.

Quantos de nós não estamos “a caminho de um sepulcro vazio”, buscando felicidade onde não existe? Revirando cadáveres? Presos em uma atmosfera fétida? Comprando e preparando aromas para “perfumar” o que não deve ser perfumado, mas refeito. O perfume não deve ser um paliativo, mas um remédio que adentra as profundezas do ser. E Jesus é esse remédio. Apenas Ele tem domínio sobre a vida e a morte. Ele as venceu! E Ele mesmo é o que diz: “Por que procuras o vivente entre os mortos?! Eis-me aqui. Entrega-te a Mim”.

O Jesus, que as mulheres buscavam ainda é cultuado hoje. Multidões caminham Para sepulcros vazios em busca de encontrar felicidade e paz. Mas não encontram. Porque sepulcros são lugares de morte e não de vida. Jesus está vivo! Ele age, hoje, agora mesmo. E a fé verdadeira, Bíblica, que conduz a salvação eterna, acredita nesse Jesus. Que operou no passado e continua operando hoje e em todos os séculos, para sempre, eternamente. Ele É o mesmo. Não é o Cristo histórico, mas real que não se limita a tempo, espaço ou circunstância.

“Por que procurais o vivente entre os mortos”? Lc 24:5

Convido-o a uma reflexão: Onde procuras por vida? Caminhas para o sepulcro? Vives em um ambiente de tristeza, pranto e temor? Seus esforços têm sido vãos? Os “aromas” de paz somem com facilidade? Precisas comprá-los, prepara-los?  Mude de direção.

Jesus está vivo. O lugar de sua sepultura está vazio. É a única sepultura do mundo que não conseguiu segurar “o morto”. Ela é testemunho para as nações, daquilo que Deus preparou para os que O buscam. Se com Cristo estamos, vencemos a vida e a morte. É uma louca mensagem que só pode ser vivida através da fé. Da  fé que está bem ai, dentro de você. Deixe o caminho do sepulcro. Busque o Verdadeiro Cristo, com todo vosso coração e força. A pedra já foi removida. Não existe obstáculo.

“Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que Ele nos consagrou, pelo véu, isto é pela sua carne. Jesus Cristo é o mesmo, ontem hoje e sempre” Hb 10:19, 20 e 13:8.

Amém.

Blog "A TENDA NA ROCHA" de
Wilma Rejane.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

A Pomba, a Oliveira e a Redenção.


"E a pomba voltou a ele a tarde: e eis arrancada uma folha de oliveira no seu bico; e conheceu Noé que as águas tinham minguado sobre a terra" Gn 8:11.

Há muitos séculos a oliveira é utilizada como símbolo da paz, imperadores romanos já se valiam da planta para divulgarem um reino: Próspero, pacífico e abundante.

Atenas tem a oliveira como árvore protetora da cidade, tudo porque uma lenda conta que na disputa de "deuses" para dar nome à cidade, a "deusa" Atenas, presenteou-a com oliveiras e seu produto nobre; o azeite. Não tendo ninguém conseguido superar o seu feito, a cidade ficou sendo chamada Atenas.

Também foi em Atenas que surgiu a tradição de presentear atletas vencedores com coroas de oliveiras. Os ramos de oliveiras eram recolhidos com facas de ouro. Não existiam as medalhas olímpicas, sendo as coroas o prêmio máximo concedido aos ganhadores.

Até hoje, essa tradição permanece e em qualquer nação ou modalidade desportiva, atletas recebem coroas de oliveiras como prêmio.

Enfim, a oliveira e seu produto, o azeite, considerado "fonte de ouro" pelos extrativistas, sempre estiveram ligados a paz e vitórias.

A Pomba como símbolo da paz

A primeira vez que a pomba e a oliveira aparecem juntas é no livro de Gênesis, um símbolo que tem sido utilizado secularmente para representar a paz universal.

O partido socialista soviético utilizou-o como campanha de convocação a "paz universal". A pedido de Stalin, o grande pintor Picasso, reproduziu a pomba com o ramo de oliveira. A imagem, reproduzida pelo artista, percorreu o mundo.

A Pomba, A Oliveira e a Redenção

A pomba, em Gênesis simboliza o Espírito Santo, tal qual no Evangelho de João 1:32, quando ela desce sobre Jesus, na ocasião de seu batismo. O ramo de Oliveira, simboliza a própria Oliveira que É Cristo Jesus. A aparição da pomba com o ramo de Oliveira no bico significa a Redenção da humanidade através de Cristo Jesus.Deus, não mais destruiria os homens desobedientes, mas, lhes daria uma oportunidade de recomeçarem uma nova vida. A pomba e a Oliveira seriam vitais nesse renascimento.

O simbolismo secular, as invenções humanas, os clamores pela paz, as vitórias conquistadas coroadas de glória, os prósperos impérios, as ricas cidades, nada disso é válido se não estiver ligado a Verdadeira Oliveira. Tudo passa, apenas permanece o Eterno Reino da Justiça. É através D'Ele que se conhece a Verdadeira Paz. 

Aquele que recebe a Oliveira, trazida pelo Espírito Santo não mais seria destruído: "Porque a lei do Espírito de vida em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte" Rm 8:2.
Fontes:
www.azeite.com
www.aliberdadedeescrita.com.br

Bíblia sagrada, Almeida J.F, SBTB.
Retirado do Blog "A TENDA NA ROCHA"